Cinema

Continuação de 'Duna' traz colossal embate pelo poder

Constantes emboscadas, conflitos de dinastias e exploração desenfreada da mineração compõem a trama de 'Duna: parte dois', ancorada nos eventos de milionária franquia do diretor Denis Villeneuve

Timothée Chalamet como Paul Atreides e Josh Brolin, na pele de Gurney -  (crédito:  Warner Bros)
Timothée Chalamet como Paul Atreides e Josh Brolin, na pele de Gurney - (crédito: Warner Bros)

Entre reinados e povos criados no universo literário de Frank Herbert, em meados dos anos de 1960, a prosperidade está em jogo no imaginário deserto de Arrakis. Foi em outubro de 2021, depois de levantar US$ 434 milhões de dólares com a bilheteria de Duna, feito há três anos, que o diretor canadense Denis Villenuve (das ficções científicas A chegada e Blade Runner 2049) teve assegurada a continuação para o blockbuster. Uma força de resistência está no enredo do longa assinado por Villeneuve ao lado de Jon Spaihts (das adaptações para a telona de Doutor Estranho e ainda Prometheus, assinado por Ridley Scott). Duna: Parte Dois chega aos cinemas a partir de hoje.

Dado por muitos como morto, Paul Atreides (Timothée Chalamet) atravessa um terreno inóspito, ao lado da mãe Lady Jessica (Rebecca Ferguson), que pode estar grávida, enfrenta uma emboscada. Representante da casa Atreides, Paul é simbolo de uma nova era para dinastias que lucram com mineração e com o comércio de especiarias. Ao lado de Jessica, ele conviverá com a sietch (comunidade fremen) chamada Tabr, em que desenvolverá o caráter mais astuto. Representante da Ordem Bene Gesserit, uma irmandade feminina que lida com compromissos éticos e religiosos na trama, Margot Fenring, na telona, ganha a interpretação de Léa Seydoux.

Orçado em US$ 190 milhões, o novo longa teve direção de fotografia de Greig Fraser e trilha sonora criada por Hans Zimmer. As filmagens transcorreram em países como Emirados Árabes, Hungria, Itália e Jordânia. Depois de ter a estreia postergarda em outubro e em novembro de 2023, o longa, finalmente, chega aos cinemas.

Entre os atores, há presenças de Tim Blake Neslon, Dave Bautista, Christopher Walken, na pele do Imperador e de Charlotte Rampling, esta à frente de uma liderança religiosa, numa das ramificações de elementos que seguem o livro publicado em 1965. Em quase duas horas e 50 minutos, o filme explora técnicas genéticas, comportamentos fundamentalistas, contrabando, inesperados parentescos de personagens e manuseio de ogivas nucleares.

Até agora, saudado por publicações como The Guardian pelo teor monumental, Duna: Parte Dois trará a esperada andança de Paul em gigantes vermes da areia (obviamente, constituídos por imagens digitais). Além das desavenças do protagonista com o imperador Shadamm IV e a filha desse, Irulan Corrino (interpretada por Florence Pugh), Paul dará continuidade à afronta contra a liderança do Barão (Stellan Skarsgard), representante máximo da casa Harkonnen, uma linhagem na qual transborda a corrupção.

Para além do uso de chakobsa (linguagem caucasiana), brevemente adotada por Paul, a imprensa estrangeira adiantou a importância de Gurney, uma espécie de mentor do príncipe, interpretado por Josh Brolin, e ainda o destaque para  o personagem de Austin Butler (do longa Elvis), Feyd-Rautha, sobrinho do barão, e ainda irmão de Rabban (Dave Bautista). Como esperado, a personagem de Zendaya, Chani, deve acelerar o coração de Paul. Amiga de Chani, Sishakli (Souheila Yacoub, vista em Clímax, de Gaspar Noé) vai alimentar uma desconfiança quanto ao profético destino de Paul, como colaborador do povo fremen que conta com a liderança de Stilgar (Javier Bardem). Vale lembrar que o primeiro Duna, de Villeneuve, ganhou seis Oscar.

 

  • Duna: parte 
dois;  promessa 
de magnetismo visual
    Duna: parte dois; enorme promessa de magnetismo visual Foto: Fotos: Warner
  • Stellan Skarsgard como Barão Vladimir Harkonnen: mal perpetuado
    Stellan Skarsgard como Barão Vladimir Harkonnen: mal perpetuado Foto: Warner
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postado em 29/02/2024 10:56 / atualizado em 29/02/2024 10:59
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