Premiação

Festival de Berlim revela o vencedor do Urso de Ouro

Entre os favoritos, segundo uma pesquisa da revista britânica Screen, estão o iraniano 'My Favourite Cake' e o drama histórico austríaco 'The Devil's Bath'

Festival de Berlim revela o vencedor do Urso de Ouro -  (crédito: Krists Luhaers/Unsplash)
Festival de Berlim revela o vencedor do Urso de Ouro - (crédito: Krists Luhaers/Unsplash)

Vinte filmes aspiram neste sábado (24/2) a vitória na 74ª edição do Festival de Berlim, que tem como presidente do júri a atriz mexicano-queniana Lupita Nyongo'o, a primeira pessoa negra a ocupar o cargo de grande prestígio.

A disputa parece aberta para definir o sucessor do documentário Sur l'Adamant, do francês Nicolas Philibert, que venceu o festival em 2023.

Entre os favoritos, segundo uma pesquisa da revista britânica Screen, estão o iraniano My Favourite Cake e o drama histórico austríaco The Devil's Bath.

O sucesso de My Favourite Cake tem um significado especial porque o governo de Teerã impediu a viagem dos dois diretores, Mariam Moghadam e Behtash Sanaeha, a Berlim.

O longa-metragem conta a história de Mahin, uma viúva de 70 anos que conhece outro aposentado em um restaurante. Os dois se apaixonam e passam a noite juntos, longe dos olhares indiscretos da polícia da moralidade.

O filme "ultrapassa tantas linhas vermelhas (sobre coisas) que estão proibidas no Irã há 45 anos", admitiu Mariam Moghadam em entrevista por videoconferência à AFP.

The Devil's Bath relata a tragédia de uma jovem depressiva em uma zona rural da Áustria em 1750 que prefere cometer um assassinato ao suicídio, para evitar a condenação eterna.

Quase 400 pessoas, a maioria mulheres, utilizaram esta "falha" nos dogmas da Igreja Católica, que permitia a confissão dos crimes e obter o perdão de Deus antes da execução, explicaram os diretores Veronika Franz e Severin Fiala.

Os críticos também destacaram a terceira colaboração da atriz francesa Isabelle Huppert com o diretor sul-coreano Hong Sang-soo, A Traveller's Needs.

O documentário Dahomey, da franco-senegalesa Mati Diop, também foi muito elogiado pelos críticos. A produção mostra a restituição ao Benin, em novembro de 2021, de 26 obras saqueadas pelas tropas coloniais francesas em 1892.

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postado em 24/02/2024 09:14
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