A demissão do ex-Pink Floyd Roger Waters pela gravadora alemã BMG foi revelada pela companhia Variety no início da semana e confirmada pelo jornal britânico The Guardian na terça-feira (30/1). O contrato, assinado em 2016, foi cancelado devido a posicionamentos do artista sobre questões como o conflito entre Israel e Palestina e também a respeito da guerra na Ucrânia.
Há anos que Roger Waters tem desentendimentos com a mídia, com seus ex-companheiros de banda e com outros artistas. De acordo com falas do próprio cantor sobre as acusações de ser antissemita, preconceituoso e propagar o ódio contra os judeus, ele conta em entrevista ao jornal O Globo que nunca deixou de dar opiniões e expor seus posicionamentos. Ele ainda afirma que não é antissemita como sugerem.
“Não tenho nada contra Israel, muito menos contra judeus ou o judaísmo. Mas sou fundamentalmente contra a ideia de pessoas serem subjugadas e privadas de seus direitos. Expressei esse meu posicionamento, e aí sugeriram que eu fosse antissemita, o que não é verdade. Irei para o meu túmulo defendendo os direitos das pessoas comuns”, afirmou o artista em entrevista ao jornal O Globo.
Segundo a Variety, outros conflitos ocorreram entre Waters e a gravadora. No mesmo ano do contrato, o lançamento de uma nova versão do álbum histórico da banda — The dark side of the moon (1973) — havia sido acordado. No entanto, o novo CEO, Thomas Coesfeld, rejeitou o acordo do álbum. Roger Waters fez o lançamento em conjunto com a gravadora Cooking Vinyl em 2023.
A obra do Pink Floyd é atualmente avaliada em torno de R$ 2,4 bilhões, sendo um dos catálogos musicais mais lucrativos na área. Ainda sim, após essa polêmica, é provável que o relacionamento profissional da BMG e do cantor tenha um ponto final neste ano.
*Estagiária sob supervisão de Nahima Maciel
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br