No dia 29 de janeiro, data em que é comemorado o Dia nacional da visibilidade trans e travesti, a multiartista brasiliense Medro anuncia o mais novo trabalho. A cantora lança o lado A do álbum Música travesti brasileira, composto por quatro canções. O disco conta com músicos e beatmakers que atuam na cena musical do Distrito Federal. O trabalho está disponível em todas as plataformas musicais. Confira abaixo.
O álbum, dividido em Lado A e B, foi composto de maneira eclética ao trazer as faixas de diferentes estilos musicais que se unem por meio da estética verbal, visual e performativa da cantora. Ambas as partes trazem quatro singles, a primeira traz o baião, reggae, R&B e o trap balada. Já a segunda, passeia pelo drill, vogue Beat, trap e funk.
As composições abordam temas profundos da vivência travesti como o transfeminicídio, a rua, a micropolítica, festas e amores. Medro bebe das mais variadas referências para isso, tanto da MPB, gênero muito ouvido durante a infância, quanto das vertentes do rap e vogue beat, estilos presentes nas culturas hip hop e ballroom, das quais faz parte.
Música Travesti Brasileira é o primeiro álbum da artista e surge da percepção de um movimento musical de protagonismo travesti, que tem ganhado força no Brasil nos últimos anos. Nomes como Roberta Close, Liniker, Juo do Bairro, MC Trans, Linn da Quebrada, Candy Mel, Urias, MC Dellacroix, Tita Maravilha, Puta Romântica, Flor Furacão, entre inúmeras outras inspiraram a carreira de Medro e consequentemente dar início ao projeto do disco.
Celebrado no dia 29 de janeiro, o Dia Nacional da Visibilidade Trans chama a atenção da sociedade e das autoridades para as reivindicações da população travesti e trans brasileira. A data global, celebrada em 31 de março, reforça este coro ao trazer cenários e possibilidades diversas de políticas públicas para esta população em várias partes do mundo.