Após os filmes Turma da Mônica: Laços e Turma da Mônica: Lições, e uma série retratando a infância da galera mais amada do Brasil, a Turma da Mônica volta às telonas, mas dessa vez inspirada na releitura das versões adolescentes de Mônica, Cebola, Magali, Cascão e Milena. Turma da Mônica Jovem: Reflexos do medo estreia nesta quinta-feira (18/1) nos cinemas. "Vejo que a formação de audiência para o cinema nacional tem muito a ver com identidade e algo que sempre me preocupa. Acredito que seja necessário é sempre estarmos fazendo um esforço a fim de acostumar o público infantojuvenil a ir ao cinema ver o nosso conteúdo. Começar desde cedo! Os personagens de Mauricio de Souza sempre fizeram parte do cotidiano das vidas de tantas gerações exatamente por serem simples, leves e por terem formas dignas de verem o mundo e passarem lições e conceitos muito legais para a criança e para o jovem. Portanto, criar um conteúdo como este filme que estamos lançando, que além de entreter cria reflexões no espectador, a meu ver, é muito necessário", avalia o diretor Maurício Eça, de longas como Carrossel: O filme e Carrossel 2: O sumiço de Maria Joaquina.
Com roteiro criado na parceria entre Regina Negrini e Antonio Arruda, a primeira aventura da Turma da Mônica Jovem nos cinemas mantém um espírito de amizade e promete inaugurar franquia de quatro filmes para os fãs. A versão reciclada dos personagens foi lançada em 2008 pela Mauricio de Sousa Produções, intitulada Turma da Mônica Jovem, com estilo e traços que remetem aos mangás japoneses. Na nova etapa, os amigos cresceram e têm que lidar com os diversos desafios da entrada na adolescência. "Não vejo perda alguma na essência dos personagens. Pelo contrário. O DNA dos personagens, tudo que eles viveram na clássica e principalmente a relação de amizade, de turma entre eles, está dentro de cada um dos personagens. Agora, eles estão em um momento diferente da vida deles, em um rito de passagem que é a entrada no Ensino Médio. E deixar de ser criança e crescer, viver novos desafios, mas sem deixar a criança que está dentro deles", comenta o cineasta. As aventuras tornam-se mais desafiadoras e agora envolvem adversidades que ameaçam o Bairro do Limoeiro, como novidades tecnológicas, organizações secretas e forças sobrenaturais.
"Espero que tenha alcançado um equilíbrio em tudo isso — tanto da tecnologia quanto dos momentos de mágica empregados —, mas com o lúdico ainda se fazendo bem presente. Tenho dito que após a pandemia deixamos, por exemplo, de ir aos cinemas e existem muitas idades que nunca foram ou pouco foram, pouco sentiram essa experiência. E acredito que o que estamos lançando pode ser um empurrão para essa volta às salas de cinema, um esforço que será muito bem-vindo, pois o espetáculo de sair com os amigos ou com a família para curtir essa experiência da sétima arte é fundamental como entretenimento e reflexão de vida", ressalta o realizador Mauricio Eça.
O longa-metragem narra a entrada dos personagens ao Ensino Médio, no qual terão de lidar com os mistérios que cercam o Bairro do Limoeiro. No primeiro dia de aula, a turma descobre que o Museu do Limoeiro será leiloado e decide se unir em uma missão para tentar salvá-lo. E, enquanto investigam o que está acontecendo, percebem que podem estar lidando com uma ameaça muito maior do que imaginam. O novo elenco inclui atores já conhecidos da televisão, como Sophia Valverde, que interpreta a proprietária do coelho azul mais famoso do mundo (Sansão). Xande Valois dá vida ao Cebola, Bianca Paiva será Magali, Théo Salomão aparece no papel de Cascão e Carol Roberto apresenta Milena. A nova aventura também reúne nomes como Mateus Solano, que interpreta Licurgo, versão do Louco na Turma da Mônica Jovem; Eliana Fonseca como a tia Nena, que também esteve nos outros live actions da turma; Carol Amaral (O coro, sucesso aqui vou eu), como Denise e Bruno Vinícius (Spider), à frente de Jerê. Há, ainda, participações de Júlia Rabello, Maria Bopp e Rodrigo Fernandes.
Mauricio de Sousa, criador dos quadrinhos homônimos, faz uma participação especial como o porteiro da Escola e brinca de ser ator pela terceira vez em um filme baseado nos seus personagens. "Acredito que o que se prega nesse universo do Mauricio de Sousa são valores muito essenciais, muito universais e que sempre contribuíram com inúmeras gerações e seguem assim nos dias de hoje. A TMJ é realmente um passo à frente, um conteúdo que agrada idades mais adolescentes do que a clássica turma e se conecta com eles em suas questões e anseios", pontua o diretor.