Três de quatro influenciadores que promoviam o Jogo do Tigrinho, jogo ilegal de apostas, nas redes sociais, foram soltos no Paraná. Os investigados haviam sido presos em 19 de novembro e o caso ganhou mais repercussão após uma matéria veiculada no Fantástico neste domingo (3/12), em matéria que relatou o esquema do grupo.
Eduardo Campelo, Gabriel e Ricardo, investigados por exploração de jogos de azar, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, foram soltos na última quarta (29/11) segundo o programa da Rede Globo. O Estadão entrou em contato com a Polícia Civil do Paraná perguntando o motivo da soltura, mas ainda não obteve retorno. Ezequiel, que também fazia parte do grupo, está foragido.
A reportagem ainda tenta contato com a defesa do quarteto, mas sem sucesso. O espaço segue aberto. Ao Fantástico, os representantes dos influenciadores defenderam a inocência do grupo, dizendo que os quatro não possuem controle sobre a plataforma de jogos.
Entenda o esquema
Segundo o programa dominical, o grupo faturava de R$ 10 a R$ 30 por cada novo cadastrado no "Jogo do Tigrinho", que promete lucros significativos. Também conhecido como "Fortune Tiger", o "Jogo do Tigrinho" é um jogo de cassino on-line do tipo caça-níquel, que promete ganhos em dinheiro. Hospedado fora do Brasil, a plataforma não tem registro ou representantes no país, sendo considerada ilegal.
Com cerca de 1 milhão de seguidores, os quatro ostentavam uma vida de luxo nas redes sociais, creditando uma "mudança de vida" à plataforma e atraindo vítimas.
Logo após serem soltos, o grupo voltou a dar recados sobre o jogo nas redes sociais, como foi veiculado pelo Fantástico. "A rifa, rapaziada, vocês sabem: sou a pessoa mais honesta do mundo, vou sortear", publicou Eduardo.
No Maranhão, a influenciadora Skarlete Mello também é alvo de uma operação da Polícia Civil por promover o jogo. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 8 milhões de sua conta bancária e a apreensão de bens que somam mais de R$ 1 milhão, incluindo três motocicletas, quatro carros, dois de luxo, e um jet-ski.
O Estadão também não conseguiu contato com a influenciadora. O espaço segue aberto. Ao Fantástico, a defesa de Skarlete também não respondeu aos pedidos de pronunciamento.
*Com informações da Agência Estado
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