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Pesquisa mostra que mais de 40% dos lares brasileiros usam serviços de streaming

Em 2022, 71,5 milhões de lares tinham aparelho de televisão no País, o correspondente a 94,9% dos 75,3 milhões de domicílios particulares permanentes

Ao menos quatro em cada dez famílias brasileiras já usam em casa serviços de streaming. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua — Tecnologia da Informação e Comunicação 2022, a Pnad TIC, e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2022, 71,5 milhões de lares tinham aparelho de televisão no País, o correspondente a 94,9% dos 75,3 milhões de domicílios particulares permanentes. Desse universo, 31,1 milhões possuíam serviço pago de streaming, ou seja, 43,4% das famílias que tinham televisão em casa.

O Sul e o Centro-Oeste tinham a maior proporção de lares com televisão com acesso a serviço pago de streaming de vídeo, ambos com 50,3%, seguidos pelo Sudeste (48,1%), Norte (37,6%) e Nordeste (30,9%).

Dos domicílios com serviço pago de streaming de vídeo, 95,3% também possuíam acesso a canais de televisão: 93,1% por meio de sinal de televisão aberta e 41,5% por meio de serviço de TV por assinatura. Apenas 4,7% dos lares com streaming pago de vídeo não possuíam acesso a televisão aberta ou a serviço de TV por assinatura.

"O rendimento médio mensal real per capita nos domicílios que tinham acesso a serviço pago de streaming de vídeo foi de R$ 2.454, representando mais que o dobro daqueles que não possuíam acesso a esse serviço, R$ 1.140. Para os domicílios com acesso a streaming pago de vídeo, bem como a canais fechados de televisão, o rendimento médio foi de R$ 3.228", informou o IBGE.

TV por assinatura

Em 2022, 19,8 milhões de lares, ou 27,7% dos domicílios com televisão no País, tinham acesso a serviço de televisão por assinatura. Essa proporção foi de 28,8% em área urbana e de 19,8% em área rural.

"Entre 2021 e 2022, o percentual de domicílios com televisão por assinatura apresentou pequena variação no Brasil, reduzindo em 0,1 p.p. Nas áreas urbanas houve uma queda de 0,4 p.p., enquanto nas rurais registrou-se um acréscimo de 2,0 p.p., passando de 17,8% para 19,8%", ponderou o instituto.

Tela fina

Na passagem de 2021 para 2022, houve aumento no número de casas com televisão de tela fina, de 61,4 milhões para 64,9 milhões, e retração no de lares com televisão de tubo, de 11,0 milhões para 8,7 milhões. A proporção de domicílios com somente televisão de tela fina subiu de 84,2% em 2021 para 87,9% em 2022, enquanto a fatia daqueles com somente televisão de tubo caiu de 11,9% para 9,2%, e o total com ambos os tipos de televisão teve redução de 3,9% para 2,9%.

Havia 65,5 milhões de domicílios com recepção de sinal analógico ou digital de televisão aberta no ano passado, o equivalente a 91,6% dos domicílios com televisão do País. Na área urbana, esse porcentual foi maior do que na área rural, 92,2% contra 87,5%.

No Brasil, havia 16,8 milhões de domicílios com recepção de sinal por parabólica grande, que, segundo o IBGE, causa interferência na transmissão do serviço móvel 5G. Outros 5,9 milhões de lares tinham mini parabólica com sinal aberto.

"Aproximadamente 911 mil domicílios (1,3% dos domicílios com televisão) possuíam acesso a sinal de televisão somente por meio de parabólica grande. Esse é o grupo de interesse que precisa migrar a estrutura de recepção de TV para a mini parabólica, uma vez que o seu acesso ao sinal de TV aberta ficará comprometido pelo desligamento da transmissão de sinal de TV aberta por meio de antenas parabólicas grandes", ressaltou o IBGE.

Rádio, computador e telefone em casa

Cerca de 42,6 milhões ou 56,5% dos domicílios possuíam rádio em 2022. A Região Sul tinha a maior proporção de lares com o aparelho, 64,8%, enquanto menos da metade dos domicílios tinham rádio nas Regiões Norte (46,8%) e Centro-Oeste (47,5%). No setor rural, 58,2% dos domicílios possuíam rádio, porcentual superior ao do setor urbano, com 56,3% dos domicílios.

Havia telefone fixo convencional em 12,3% dos domicílios do País. Em 2016, esse porcentual era de 32,6%. Por outro lado, a parcela dos domicílios com telefone móvel celular vem aumentando, passando de 93,1% em 2016 para 96,6% em 2022.

Em 2022, não havia telefone em 2,8% dos domicílios particulares permanentes do País, 2,1 milhões de lares, uma redução de 0,2 ponto porcentual em relação a 2021. A ausência de telefone manteve-se mais elevada nos domicílios nas Regiões Nordeste (5,3%) e Norte (4,4%), enquanto nas demais não ultrapassou 2,0%.

Houve declínio também, ainda que lento, no número de domicílios com microcomputador: 45,9% dos lares tinham o equipamento em 2016, descendo a 40,2% em 2022.

Em 2022, 9,9 milhões de domicílios (14,3% dos lares conectados) possuíam algum tipo de dispositivo inteligente, que era conectado ou comandado pela internet, como câmeras, caixas de som, lâmpadas, ar-condicionado e geladeiras. Em setores rurais, o porcentual foi de 6,1%, consideravelmente inferior aos 15,3% vistos em setores urbanos.

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