Música

Com pop rock maduro, Mundo Genérico lança 'Sorte' e anuncia mais novidades

Até janeiro de 2024, banda formada em Taguatinga programa apresentar novas canções e videoclipes do primeiro EP. Shows estão marcados para as próximas semanas em casas noturnas de Brasília

Vem de Taguatinga uma grata surpresa para a música produzida no Distrito Federal. Na estrada desde 2013, a banda Mundo Genérico está lançando projeto autoral. O primeiro single, Sorte, uma balada envolvente com direito a primoroso videoclipe, está disponível nas principais plataformas digitais. Até janeiro de 2024, mais três faixas serão divulgadas, concluindo o EP de estreia do grupo formado por Paulo Sarvi (voz e violão), Hudson Marques (guitarra), Sadrak Rodrigues (contrabaixo) e Luis Monsalves (bateria).

A proposta da banda é interessante: pop rock maduro, executado com boa técnica musical e versos inteligentes. Em Sorte, a voz clara e agradável de Paulo Sarvi é acompanhada por um groove sensível e marcante. Uma história de amor e encontros, ao mesmo tempo introspectiva e dançante. "Foi uma música composta na pandemia, em um momento de muitas dúvidas pessoais. Em meio a tantos sentimentos, uma sensação de conforto, por tudo que estava acontecendo, inclusive gratidão por todas as pessoas que eu já encontrei na vida. Não fala necessariamente de um relacionamento, mas a ideia principal é que sempre temos algo a aprender com cada pessoa que passa por nossa vida. Quem enxerga dessa forma pode dizer que 'sinto que até pode ser sorte eu encontrar você'", comenta o cantor, citando um verso da composição.

Assista ao videoclipe de Sorte:

 

Em certo sentido, conhecendo um pouco da história da banda, é possível relacionar Sorte com a própria trajetória do Mundo Genérico. Dois jovens apaixonados por música (Paulo e Hudson), que se conectam e cultivam uma fraternal amizade. Como diria Belchior, rapazes latino-americanos, com recursos limitados, mas que insistem no sonho artístico. Após diversas formações e estudos para desenvolvimento do projeto, mais dois integrantes (Luis e Sadrak) abraçam a ideia e o grupo, enfim, inicia uma jornada com foco mais profissional.

"Montei a primeira banda aos 15 anos. A vontade de seguir carreira só crescia, até que a vida me cobrou algo: tive de estudar (faculdade), trabalhar e me sustentar. Acabei deixando a música de lado. Quando me estabilizei financeiramente, voltei a praticar. Em meados de 2009, resolvi sair de bandas covers e me dedicar a criações minhas. Notei que precisava me aprimorar como músico, resolvi estudar mais ainda, fiz conservatório por quatro anos e minha mente se expandiu. Foi nesse período que conheci meu grande irmão, Paulo Sarvi, e começamos o Mundo Genérico", conta Hudson Marques, um guitarrista de mão cheia, capaz de solos contundentes, mas também discreto e sofisticado o suficiente para deixar a harmonia do grupo prevalecer.

Esquinas é outra faixa autoral apresentada pela banda aos fãs. A canção tem uma pegada roqueira mais enfática e serviu para selar a cumplicidade musical entre Paulo Sarvi e Hudson Marques. "Aconteceu enquanto eu estava chegando na estação do metrô na rodoviária de Brasília. Senti o cheiro de uma pessoa que ainda tinha lugar em minhas lembranças. Queria chegar em casa e traduzir aquela sensação em versos e acordes. Foi a primeira música que trabalhei com o Hudson. De lá pra cá, fizemos umas 10 versões, com solos de guitarra clean, com arpejos, com sonoridade folk, pop, até que parece que estamos perto de encontrar esse versão final", comenta o vocalista.

Confira Esquinas, ao vivo no estúdio:

 

Para colocar o trabalho na rua e fazer o teste de qualidade frente ao público, o Mundo Genérico tem três shows marcados para as próximas semanas. Em 10 de novembro, estará no Draken Roots (no SIG). No dia seguinte, fará apresentação no Alquimia Bar (no SOF Guará). Em 17/11, tocará no Túnel do Tempo, em Ceilândia. Para ficar por dentro da agenda atualizada, basta seguir os perfis da banda nas redes sociais.

"É um orgulho imenso compartilhar nosso trabalho com as pessoas, escutar que ficou bacana e tudo mais. Essa realização vale cada dia de suor e esforços empregados nesse projeto. O maior desafio é o fato de sermos uma banda independente, pois o custo de produção é bastante elevado. Vamos nos virando como podemos. Devagar, vamos construindo o nosso caminho", comenta o motivado guitarrista Hudson Marques.

Sócrates Costa/Divulgação -
Sócrates Costa/Divulgação -
Sócrates Costa/Divulgação -
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