A banda Francisco, el Hombre comemora a trajetória musical de 10 anos com uma série de apresentações na Caixa Cultural de Brasília. O grupo, que a princípio era formado pelos dois irmãos Sebastián e Mateo Piracés-Ugarte, fará shows hoje, amanhã e domingo, a partir de 19h. Eles são conhecidos pelas músicas O tempo é sua morada, Batida do amor e Triste, louca ou má, que concorreu ao Grammy Latino em 2017 de melhor canção em língua portuguesa.
Os integrantes Helena Papini e Sebastianismos contam, ao Correio, como é a relação deles com a música e como ela atravessa a vida cotidiana deles. "A música permeia tudo que a gente faz. Por causa dela que saímos de casa, viajamos, às vezes vamos para muito longe somente para conhecer pessoas, tudo pela música. A nossa vida musical não se dá só quando estamos na estrada, as produções, ensaios, ideias, novas versões são coisas que sempre estamos trabalhando". Helena conta como o público se identifica com as produções musicais deles de forma única. "É muito curioso os distintos feedbacks que recebemos. A música atravessa um caminho, desde quando sai da mente, do coração, dos dedos e das mãos de quem cria até chegar nos ouvidos de quem escuta. As canções muitas vezes representam algo muito pessoal para uma pessoa e que, com as mesmas palavras, podem representar sentimentos muito distintos dos sentimentos de quem a criou."
Apesar dos avanços tecnológicos, da gama de possibilidades e maior facilidade ao produzir músicas hoje em dia, o grupo preza pelo trabalho feito pessoalmente. "Muito durante a semana, inclusive presencialmente, nós estamos juntos. Eu acho que um grande ingrediente muito saboroso que a Francisco tem é valorizar o potencial individual, né? Porque somos várias cabeças pensantes e com influências diversas e com vontade distintas, tentamos chegar numa grande ideia coletiva."
O grupo gosta de tocar na capital federal e sente que a cidade traz uma energia nova para as apresentações da Francisco, el Hombre. "Uma coisa que nos marca muito de Brasília é como todo show que a gente faz é muito intenso. É uma cidade muito diferente das outras, com uma arquitetura diferente de qualquer outra cidade brasileira. O circuito musical também é super diferente de qualquer outra cidade. Vocês são sempre um aprendizado. Sempre é um ponto fora da curva, parece que chegamos para tocar shows que sempre são muito efusivos e muito quentes", observa Sebastianismos.
*Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco