Artes Visuais

Relação entre homem e e natureza é tema de exposição no CCBB

Exposição de artistas holandeses apresenta peças que têm a luz, a natureza e a tecnologia como mote para falar da experiência da vida na terra

Shylight, escultura que se movimenta, é uma das peças da exposição   -  (crédito: Foto:Ossip van Duivenbode)
Shylight, escultura que se movimenta, é uma das peças da exposição - (crédito: Foto:Ossip van Duivenbode)
postado em 28/11/2023 10:26 / atualizado em 28/11/2023 10:37

Relações entre humanos, a natureza e a tecnologia é a principal premissas da exposição Studio Drift — Vida em Coisas, em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília (CCBB). A mostra traz esculturas, instalações e performances realizadas por artistas holandeses que têm por objetivo fazer com que o espectador experimente uma conexão com o planeta.

Os artistas Lonneke Gordijn e Ralph Nauta, que fazem parte do coletivo DRIFT, usam a luz como um dos princípios para a construção das peças. A mostra explora as relações dos seres humanos com a natureza e a tecnologia e convidam o público a observar obras que apresentam elementos essenciais da vida na Terra.

"Estamos sempre interessados na interação entre movimentos naturais e seres humanos. Essas obras representam processos e movimentos que nós experimentamos na natureza e no próprio corpo e a tecnologia é uma aliada neste processo. Você pergunta de cada uma das obras", explica a artista Lonneke Gordjin em entrevista ao Correio.

O curador da exposição, Marcello Dantas, diz que a exposição mostra um tipo de dança da vida.“O trabalho que os artistas do Studio Drift fazem, o que eles trazem na exposição é como uma espécie de coreografia da vida, um desenho de movimento sobre como as coisas podem se manifestar em relação à vida. É um trabalho minucioso de tentar recriar pulsos de vida em coisas, no caso através dos objetos”, diz o curador da exposição, em entrevista ao Correio.

A luz como elemento essencial é destaque em diversas obras da exposição, caso da escultura Fragile Future, que busca fundir natureza e tecnologia em uma escultura multidisciplinar de luz. A ideia é mostrar uma visão utópica do futuro do planeta, no qual duas formas de evolução distintas se unem e buscam sobreviver em conjunto. A instalação estará presente na galeria 1.

Outra obra que também usa o princípio da luz é Shylight (luz tímida). A escultura em forma de flor é pendurada por um fio e se abre e fecha em uma coreografia hipnotizante. O comportamento das flores que, durante a noite, se fecham como uma medida de proteção e como forma de preservar recursos, é a base da concepção da obra. A escultura estará localizada no Pavilhão de Vidro.

"É muito importante perceber o movimento, a luz e de que forma cada uma das obras desperta os sentidos em quem visita a exposição. Ao criar obras de arte que reproduzem movimentos universais da natureza, queremos provocar a mesma reação subconsciente em ambientes além do mundo natural, provocando uma sensação de admiração e poesia", finaliza Lonneke Gordjin.

A série Materialism apresenta peças diversas em formatos de blocos comprimidos em objetos. A ideia é abordar o papel do ser humano na transformação da natureza. Desse projeto fazem parte as obras Fusca Volkswagen, Jogo Game Boy, Lápis, Cabo Elétrico, Bicicleta, Pandeiro e Havaianas.

A exposição Studio Drift — Vida em coisas ainda traz outras obras como Ego, Amplitude, Cadeira Banquete e Code Nature. Todas as obras da exposição estarão em cartaz nas Galerias 1, 2, 5 e no Pavilhão de Vidro do CCBB.

 

Serviço

Exposição Studio Drift - Vida em Coisas

Visitação até 21 de janeiro, das 9h às 21h, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). A entrada é gratuita mas os ingressos devem ser retirados pela plataforma online do CCBB.

*Estagiária sob a supervisão de Nahima Maciel

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