Música

Espetáculo junta música e arquitetura em apresentação no Museu da República

Ensemble KlangLab traz ao Brasil o espetáculo TIMESTRETCH, nova obra do compositor suíço Fritz Hauser dirigida pelo brasiliense Zacarias Maia

o grupo Ensemble KlangLab traz ao Brasil o espetáculo TIMESTRETCH, nova obra do compositor suíço Fritz Hauser. -  (crédito: Yuri Pires Tavares / Divulgação)
o grupo Ensemble KlangLab traz ao Brasil o espetáculo TIMESTRETCH, nova obra do compositor suíço Fritz Hauser. - (crédito: Yuri Pires Tavares / Divulgação)
postado em 22/11/2023 10:07 / atualizado em 22/11/2023 13:19

Sob a coordenação artística do brasiliense Zacarias Maia, o grupo Ensemble KlangLab traz ao Brasil o espetáculo TIMESTRETCH, nova obra do compositor suíço Fritz Hauser. As apresentações ocorrem em três cidades: Salvador, Brasília e São Paulo.

A colaboração entre Fritz Hauser e o grupo Ensemble KlangLab explora a relação entre espaço e som por meio da arquitetura. Em Brasília, o espetáculo será apresentado amanhã, às 20h, no Museu Nacional da República, com o intuito de desvendar as formas da obra de Oscar Niemeyer a partir de uma perspectiva sonora. Na performance, os músicos estarão posicionados em diferentes locais do museu e se movimentarão pelo espaço e entre a plateia. Após cada concerto, os intérpretes e compositores são convidados a conversar informalmente com o público.

"Fritz e eu já trabalhamos em diferentes projetos nos últimos anos. E eu tinha esse projeto de Brasília em mente, tinha a imagem da nossa temporada aqui. O trabalho dele é um tanto quanto claro, é uma ideia de tempo. A partitura é uma partitura não escrita, tem forma de texto e tivemos um longo processo de ensaio", conta Zacarias Maia.

O espetáculo retrata a profundidade do tempo, da pausa e do silêncio ao desvendar a forma como esses parâmetros determinam a tensão e a dramaturgia. "O projeto dialoga com o momento em que a sociedade se encontra, com a atualidade, e eu acho que uma música que dialogue de fato com essa mesma modernidade possa trazer algo que seja interessante para o espectador. Então, tenho para mim que o espetáculo dá ao público uma certa oportunidade de refletir sobre aquilo que está acontecendo na sociedade de maneira muito concreta", explica o diretor artístico.

Na primeira parte da peça, todos os instrumentistas tocam objetos. Não há instrumentos, é apenas uma questão de som e, para isso, utilizam-se garrafas de plástico misturadas com um prato quebrado e outros objetos para reproduzir a composição.

Além das apresentações em Brasília, nos dias que antecederam o concerto o grupo fez um intercâmbio com associados da Faculdade de Arquitetura da UnB, por meio de visitas guiadas pela cidade com o professor José Coutinho, especialista na obra de Niemeyer.

*Estagiária sob a supervisão de Nahima Maciel

 

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