Um artista versátil e com uma estética própria. Assim é Rodrigo Freitas, 26 anos, mais conhecido no rap como Major RD. Sucesso de público por onde passa, o artista carioca conversou com o Correio sobre o bom momento na carreira, além do lançamento do último projeto intitulado de a Ascensão do cisne negro, que conta com 10 faixas.
Um trabalho que expõe diferentes camadas artísticas e traz para fora dilemas do cantor. O segundo disco de Major RD fala de fama, trabalho e como foram os passos dados para chegar ao nível de destaque atual. “A minha maior preocupação era de a galera não entender o que eu queria passar. Mas, tudo aconteceu bem e eles conseguiram abraçar. Estou muito feliz com o resultado”, ressalta o rapper.
Entre as participações no álbum, estão os amigos de longa data. De acordo com o artista, fazer a escolha dos nomes que farão parte do projeto é algo que o processo do trabalho vai trazer. De repente, na medida em que as faixas são gravadas, o encaixe vem naturalmente. Froid, Cynthia Luz, Slipmami, L7, Felipe Amorim, Derek e o parceiro Xamã são os feats que compõem o disco. “Eu sinto cada música e penso: aqui pode entrar tal pessoa. Nunca penso antes, sempre faço as músicas e vou colocando”, detalha Major.
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Bonde da Rock
Baseado na história e filosofia do patinho feio, o artista carioca deu ao álbum o título Ascensão do cisne negro. Para ele, sua jornada até aqui se mistura com os dilemas enfrentados pelo animal, que não era olhado e nem chamava a atenção de ninguém, assim como Major RD, bem antes dos holofotes na música.
Além das músicas e participações, a parte audiovisual também foi bem trabalhada pelo artista carioca durante o processo de produção do álbum. Todas as canções contam com clipes no Youtube. “Todos os meus álbuns eu faço assim, e fiz do mesmo formato que o primeiro. É cansativo, tudo é diferente. Foram 9 meses de muita pressão”, acrescenta Major RD.
Sucesso nas músicas 60K, Dior (em parceria com Bin) e No bank’s, o trapper também ficou requisitado e, de certa forma, viralizou, pelas cenas icônicas, danças e energia proporcionada nas apresentações. De acordo com ele, nunca é algo ensaiado ou pensado. Entretanto, tem levado os fãs ao delírio. “Me sinto realizado, mas confesso que é tudo muito novo essa parada nos shows. Eu vim da favela, lá de baixo, é muito difícil alcançar essa posição”, completa.
Ainda assim, é algo que ele pretende manter. Claro, cuidando da saúde psicológica, que é uma preocupação, mas sem deixar de ser o Major que todos conhecem. Eufórico, talentoso, único. E acima de tudo um grande artista para as próximas fases e gerações do rap no Brasil.
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