Os filmes premiados na 47ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo foram divulgados na noite de ontem (1º/11) . O evento começou no dia 19 de outubro e se encerrou nesta quinta-feira.
Foram apresentados ao público da capital paulista 362 filmes de 96 países diferentes. A cerimônia de encerramento aconteceu no Espaço Petrobras da Cinemateca Brasileira, com apresentação de Renata de Almeida e Serginho Groisman.
- Cinema brasiliense é destaque em festivais e em premiações
- Ministra Margareth Menezes empossa novo Conselho Superior do Cinema
Veja abaixo os filmes premiados na 47ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo:
Prêmio do Júri
Os filmes da seção Competição Novos Diretores mais votados pelo público foram submetidos ao Júri formado por Bárbara Raquel Paz, Enrica Fico Antonioni, Lenny Abrahamson, Mariëtte Rissenbeek e Welket Bungué, que escolheu Quando Derreter, de Veerle Baetens, como melhor filme de ficção e Samuel e a Luz, de Vinícius Girnys, como melhor documentário.
O Júri concedeu ainda menção honrosa para Se Eu Pudesse Apenas Hibernar, de Zoljargal Purevdash, e de melhor interpretação para Jaya (Asog). Todos receberam o Troféu Bandeira Paulista (uma criação da artista plástica Tomie Ohtake).
Prêmio do Público
O público da 47ª Mostra escolheu, entre os estrangeiros, La Chimera, de Alice Rohrwacher, como melhor filme de ficção, e Da Cor e da Tinta, de Weimin Zhang, como melhor documentário. Entre os brasileiros, Somos Guardiões, de Edivan Guajajara, Chelsea Greene e Rob Grobman, recebeu o prêmio de melhor documentário e A Metade de Nós, de Flávio Botelho, o de melhor ficção.
A escolha do público é feita por votação. A cada sessão assistida, o espectador recebe uma cédula para votar com uma escala de 1 a 5, entregue sempre ao final do filme. O resultado proporcional dos filmes com maiores pontuações determina os vencedores.
Prêmio da Crítica
A imprensa especializada que cobre o evento e tradicionalmente confere o Prêmio da Crítica, também participou da premiação elegendo O Dia que Te Conheci, de André Novais Oliveira, como melhor filme brasileiro e Afire, de Christian Petzold, como o melhor entre os estrangeiros.
Prêmio da Abraccine
A Abraccine - Associação Brasileira de Críticos de Cinema também realiza tradicionalmente uma premiação para filme brasileiro e nesta edição escolheu o melhor entre os realizados por diretoras estreantes. O eleito foi Sem Coração, de Nara Normande e Tião.
Prêmio Netflix
Pela primeira vez, a Netflix entregou um prêmio de aquisição em um festival e escolheu um filme brasileiro participante da Mostra deste ano, que ainda não tinha contrato com um serviço de streaming, que será licenciado e exibido em mais de 190 países.
O projeto premiado neste ano foi Saudade Fez Morada Aqui Dentro, do diretor Haroldo Borges.
Prêmio Paradiso
O prêmio do Projeto Paradiso oferecido pela primeira vez na Mostra dá apoio à distribuição nos cinemas a um dos filmes da seção Mostra Brasil que recebeu maior votação do público. O aporte serve para complementar a distribuição da obra nas salas de cinema brasileiras.
Para garantir que todo o Brasil tenha a oportunidade de enxergar de forma poética a força e a beleza dessa obra baiana premiada dentro e fora do país, a comissão concedeu o Prêmio Paradiso de estímulo à distribuição nacional ao filme Saudade Fez Morada Aqui Dentro, do diretor Haroldo Borges
Prêmio BRADA - Prêmio de Melhor Direção de Arte
O Coletivo de Diretoras de Arte do Brasil premia pela segunda vez na Mostra o trabalho de um diretor de arte que tenha se destacado no festival. Neste ano, Pamela Khadra recebeu o prêmio pela Direção de Arte do filme Vale do Exílio, pela sensibilidade ao retratar o universo das refugiadas sírias em solo libanês.
Prêmio Cultures Of Resistance (Creative Activism Award)
Ativistas retratados no documentário Somos Guardiões, dos diretores Chelsea Greene, Rob Grobman e Edivan Guajajara, receberam um prêmio inédito no Brasil: o Cultures of Resistance. O prêmio, de US$ 10 mil, é concedido aos guardiões da floresta das aldeias Tembé e Guajajara e à mídia indígena, exclusivamente para a compra de câmeras, drones e tecnologia adicional, e se destina a equipar os indígenas para melhor documentar e proteger a floresta amazônica em seus territórios.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br