Puterrier chega ao CCBB e promete trazer a toda estética do Rio de Janeiro para o CoMA. O artista é uma das principais atrações do line-up deste sábado (7/10), terceiro dia de festival. O cantor sobe ao palco fluxo, às 18h40.
O carioca, natural de Dele Castillo, zona Norte do Rio de Janeiro, ficou conhecido nas redes sociais com os hits Putaria 2000 e Marolento, faixa que conta com mais de 10 milhões de visualizações no YouTube.
O cantor chega ao CoMA como um dos representantes do grime e do novo funk carioca. Ao Correio, Puterrier declara qual a importância de levar esses gêneros para grandes eventos. "Assim como eu, tem várias pessoas e coisas novas surgindo e há um tempo atrás não ocupávamos esse espaço. Mas as coisas estão mudando estamos presentes e isso faz as pessoas saírem da zona de conforto", afirma.
Puterrier diz achar incrível o espaço que a curadoria do CoMA oferece aos talentos locais e nacionais. "Além de dar oportunidade para novos artistas, também estão adquirindo uma grande responsabilidade porque o público quer isso, o novo. Estão somando com a cena e a cena somando com eles", destaca o cantor.
O artista promete trazer durante o show um pedaço do Rio de Janeiro para a capital. "Vou levar a estética do Rio de Janeiro, mas também do Brasil em geral, além de mostrar o que gostamos e estamos acostumados a ouvir de forma bem específica. Vou usar o atabaque e também terão as faixas do meu Ep Atabagrime para os fãs reais, e para disseminar cada vez mais o nosso mundo", enfatiza.
Em 2023, Puterrier esteve em outras oportunidades aqui em Brasília e reflete como tem sido sido a relação com os brasilienses. "Sinto que o público aqui vai além do ritmo e molejo, entendem e se identificam profundamente com o lance de levantar a bandeira do Brasil e enaltecer a cultura. Gosto muito de cantar aqui porque sinto que estou seguindo minha missão e fazendo revolução. Acredito que isso acontece aqui pelo peso político da cidade", relata o cantor.
O funkeiro ainda fala sobre como funciona o processo de criação das composições e para quem pretende que as letras e o som cheguem. "Geralmente é natural e começa com uma palavra, uma sensação que eu queira transmitir, mas tudo começa na vibe. Quero que meus versos e ritmos cheguem nas pessoas que queiram se sentir elas mesmas pra que não tenham medo e neurose de expor suas peculiaridades, mas principalmente quero que chegue no ouvido de pessoas com a tal síndrome de vira lata, pra que entendam a importância do patriotismo no momento atual que nós estamos" conclui.
Serviço
Puterrier
Festival CoMA (CCBB, SCES Trecho 2). Sábado, a partir das 18h40. Ingressos esgotados.
*Estagiário sob supervisão de Ronayre Nunes
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