Evento literário

Quinta Literária promove debate sobre literatura e cinema nesta quinta

Evento terá como palestrantes grandes nomes da arte brasileira, como José Geraldo de Sousa Júnior e Vladimir Carvalho

Quinta Literária acontece nesta quinta-feira (26/10) -  (crédito: Divulgação/Associação Nacional de Escritores)
Quinta Literária acontece nesta quinta-feira (26/10) - (crédito: Divulgação/Associação Nacional de Escritores)
postado em 26/10/2023 15:43 / atualizado em 26/10/2023 15:45

O Quinta Literária, promovido pela Associação Nacional de Escritores em conjunto com a Academia Brasiliense de Letras, ocorre nesta quinta-feira (26/10), às 19h, no Museu do Escritor em Brasília. O evento gratuito irá debater a relação entre cinema e literatura.


Os dois convidados presentes no debate serão Vladmir Carvalho, cineasta e documentarista paraibano, que coleciona 23 títulos e diversos prêmios em relação a suas produções autorais, e José Geraldo de Sousa Júnior, renomado escritor e ex-reitor na Universidade de Brasília (UnB).


Em conversa com o Correio, Vladimir afirma que a literatura é sempre um meio recorrente do cinema como uma possibilidade de colaboração para o sucesso de livros lançados. “O cinema não tem autonomia para que os próprios diretores criem as suas histórias, os seus argumentos. Depende da maneira dramatúrgica de colocar o roteiro em função da filmagem, o que é algo muito presente no nosso cinema”, explica o cineasta.


O diretor e documentarista que chegou no DF em 1969 para lecionar na UnB é responsável por produções como Brasília segundo Feldman (1979), O homem de areia (1981) e O engenho de Zé Lins, sobre o escritor José Lins do Rego. Segundo ele, três grandes adaptações do cinema marcaram sua carreira, como Vidas secas, Memórias do cárcere e São Bernardo, de Graciliano Ramos.


Para Vladimir, a nova geração explora outros requisitos que são importantes e mudam dependendo do talento de cada um. “O cinema continuou autônomo com relação ao CD e à televisão, por exemplo, mas as ideias transitam entre um código e outro e o cinema é uma máquina ambiciosa que domina tudo que vê pela frente. Isso não quer dizer que o cinema possa sobreviver sem adaptações, porque tem roteiristas, tem essa dramaturgia que nasce e toma conta no próprio cinema sem recorrer à literatura”, finaliza o autor.

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