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Janelas para o mundo

Mostra de curta-metragens Lobo Fest apresenta a diversidade da produção cinematográfica internacional

15º Lobo Fest exibirá mais de 70 filmes, entre os quais Palestina 87, curta de Bilal Alkhatib -  (crédito:  Bilal Alkhatib/Divulgação)
15º Lobo Fest exibirá mais de 70 filmes, entre os quais Palestina 87, curta de Bilal Alkhatib - (crédito: Bilal Alkhatib/Divulgação)
postado em 29/10/2023 00:01 / atualizado em 30/10/2023 10:48

Celebrar o pioneirismo, na 15ª edição do Lobo Fest, um evento voltado para a difusão de curtas-metragens internacionais, traz o clima de festejo, no evento, que, até amanhã, terá exibido 74 filmes na telona do Cine Brasília (EQS 106/107). "Em 2023, o tema é "Para não esquecer", ou seja, estamos falando de memória, a responsabilidade da seleção da programação reflete o nosso corpo de curadores, que zelou pela diversidade tanto nas temáticas quanto nas visões de mundo", explica Josiane Osório, produtora do festival, ao lado de Ulisses de Freitas.

Um dos temas ressaltados, por exemplo, sublinha a amizade e o respeito nas relações entre animais e seres humanos, num ponto constante em algumas das fitas. "Se enfocam os animais domésticos, sejam eles mascotes, animais utilizados no trabalho ou mesmo personagens em desenhos animados", comenta Josiane, que também auxilou na seleção.

Parceiro na tarefa, Ulisses comenta um dos pontos altos, nas primeiras sessões, hoje, a partir das 10h30 (o primeiro bloco de atrações será às 9h30): "O Lobo Fest foi o primeiro evento local a promover sessões voltadas para o espectro autista. Hoje somos referência e o trabalho começa na curadoria, filtrando filmes que tenham som menos intenso e imagens que evitem estímulos visuais. A sessão é preparada especialmente para as crianças, com uma luz especial e o som mais baixo, com uma modulação que exprime certas frequências". Sem muitos diálogos, os filmes propiciam integração entre todas as crianças, e, nesta safra, há filmes com ênfase musical, alguns brasileiros (Ciranda feiticeira e Barra nova).

Com a proposta para imprimir o conceito de "vitrine para o cinema atual" do presente, a programação contempla produções nacionais. "Trazemos um novíssimo cinema que agora vai além das periferias dos grandes centros e se espalha pelo interior profundo do Brasil, por regiões cuja produção começa a despontar", comenta Ulisses de Freitas. Ainda houve ênfase para retratos de conflitos mundiais e questões de fronteiras e deslocamentos. Com bloco adulto (integrado ao longo da programação; hoje, estendida até a sessão das 20h15), o evento (que acopla o segmento Guerra e paz) recobre dados sobre Israel e Palestina.

Formatada pela diversidade, a programação, em 2023, exprime um cuidado especial com mostras infantojuvenis. "Temos ainda um programa especial para o público adolescente. A partir dos temas recorrentes, elaboramos sessões sobre as questões do universo LGBTQIA , além de outra, toda montada com material iraniano, pois o Irã inscreveu 400 filmes", conta Ulisses.

 

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