O Teatro Sarah Brasília recebeu nesta terça-feira (24/10) o espetáculo musical Eu e elas, estrelado por Orlando Morais, Ana Morais, Anttónia Morais e Cleo Pires. A apresentação realizada especialmente para pacientes, acompanhantes e colaboradores da comunidade Sarah contou com mais de 500 pessoas, que puderam acompanhar um show emocionante com músicas da MPB em mais uma edição do projeto Arte e Reabilitação.
Orlando conta que a ideia do projeto surgiu durante a pandemia, quando ele as filhas estavam morando em Brasília, onde possui uma casa e ficam boa parte do tempo. “Fiz uma live com o Seu Jorge e Margareth Menezes, convoquei alguns músicos de Brasília e com essas brincadeiras, elas (as filhas) cantaram comigo na live e logo a gente começou a pensar”, explica o músico sobre como tudo começou.
O músico conta que o projeto é como uma extensão da casa, já que é feito em família. ”A gente sempre cantou juntos, e começou assim. Falei vamos fazer essa coisa ficar mais séria, vamos tentar fazer um show, vamos pelo menos ensaiar, a gente já chama aquele pessoal de Brasília que é uma banda mais nova e são talentosíssimos, aí todo mundo topou e estamos aí nos palcos”.
“A gente sempre cantou e compôs junto. Meu pai sentava no piano, começava a compor e mostrava para a gente. Foi só uma decisão de começar a compartilhar isso com as pessoas. Sinto que quem acompanha adora me ver com a minha família e é uma forma de trazer alegria para quem segue e gosta da gente”, comentou Cleo.
“É muito lindo ver tudo acontecer. Olhar pro lado e ver minhas irmãs, ver meu pai e pensar, nossa, a gente chegou até aqui, a gente fez realmente isso acontecer, isso virou realidade. Lembro de todas as etapas, a gente conversando em casa, a gente planejando, os primeiros ensaios, o primeiro show, é tudo muito emocionante, a gente fica muito à flor da pele mas a gente tenta se concentrar pra entregar o melhor”, conta Anttónia sobre a emoção de poder dividir o palco com as irmãs e com o pai.
“É muito emocionante, as vezes até nos ensaios a gente fica se olhando, dá uns nos na garganta porque a gente está cantando músicas que escutamos desde sempre e a gente se olha e vê que a gente tá realizando esse projeto e é muito legal e emocionante”, diz Ana Morais.
Lucas Carvalho (guitarra e direção musical), Gregoree Júnior (teclado), Marquinhos dos Santos (bateria) e Rafael de Sousa (contrabaixo) formam a banda que acompanha o quarteto familiar que trazem no repertório sucessos da MPB, composições inéditas do grupo e destaques da carreira de Orlando, como Cruzando raios, Na paz, Tanto faz e Vem não vem.
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Apresentação no Sarah
Sobre a apresentação desta terça-feira (24/10), as cantoras se mostraram emocionadas com o projeto. “Além da gente já ter a emoção nossa de estar em família cantando, estar num hospital como o Sarah, que cuida tão bem das pessoas que precisam, é mais emocionante ainda e pra gente é muito importante poder estar perto das pessoas que às vezes não conseguem chegar na gente, é muito especial”, disse Cleo.
“É uma honra pra gente estar aqui porque realmente, esse hospital é uma referência, é um exemplo, é um orgulho pro nosso país, então pra gente, estar aqui contribuindo com a nossa arte, que é o que a gente sabe fazer, o que a gente faz de melhor, é uma forma de celebrar a vida também, uma forma de curar, porque a arte cura mesmo, a arte transforma. Acho que todos nós nos sentimos muito felizes de tá aqui fazendo esse show para todos os pacientes, funcionários, médicos e todo mundo aqui do Sarah”, declarou Anttónia.
“Estamos muito felizes. Esse é o nosso projeto arte e reabilitação que desenvolvemos ao longo de alguns anos. O Sarah tem um enfoque muito humanizado, à saúde precisa de humanismo no tratamento, a gente tem áreas verdes no hospital para promover um bem-estar e a arte é fundamental. Felizmente a gente conta com artistas maravilhosos que vêm aqui, fazem show, espetáculos e isso faz muito bem pros pacientes, eles sempre ficam super felizes e arte é saúde, arte é fundamental na reabilitação”, explica Lúcia Willadino Braga, neurocientista e presidente da Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação.
Em breve, o quarteto vai retornar à Brasília para um espetáculo do Eu e Elas aberto para o público. A apresentação ainda não tem data, mas deve ocorrer ainda neste semestre.
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