De autoria da artista plástica Helena Lopes, a mostra Do chão para o chão recebe o artista plástico Sérgio Fingermann para uma roda de conversa nesta sexta-feira (20/10), às 16h, na Galeria 2 do Museu Nacional da República. O diálogo, segundo realizado como parte da programação da exposição, abordará poética, produção e organização do espaço expositivo. O evento é gratuito e aberto a todos os públicos.
“A ideia é de que os artistas formem grupos e criem situações de contato com o público, divulguem o seu trabalho. Tenham uma postura ética. É dentro desse viés que Sérgio irá conversar”, detalha a artista plástica Helena Lopes ao Correio. Ela conta que Sérgio foi muito presente nesse projeto. “Fiz uma mentoria com Sérgio, éramos quatro artistas. Tinha parado com o trabalho, não conseguia continuar. Ele me disse ‘vamos fazer outra coisa, diferente de tudo que você já fez e o rumo vai aparecer’. Aí vi duas coisas: o conhecimento e a generosidade”, diz.
Fingermann trabalha como artista plástico desde 1975. Formado em arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), o profissional estudou desenho e pintura com Ernestina Karman, desenho com Yolanda Mohalyi, pintura com Mário de Luiggi e construções espaciais com Mark di Suvero. Pinturas e gravuras em metal com acentuadas características intimistas são sua marca.
História transformada em livro e arte
O processo de criação da mostra Do chão para o chão foi longo, começou em 2019, com a ida de Helena para a Polônia, país em que visitou um campo de concentração da Segunda Guerra Mundial. “Lá fotografei o chão dos galpões. Quando voltei ao meu ateliê, trabalhei as imagens no Photoshop e simultaneamente escrevi vários textos que depois se transformaram em um livro”, conta. O livro Do chão para o chão foi lançado em julho deste ano.
“É um trabalho que tem conotações políticas e sociais. Ele é mais abrangente, toca as pessoas de outra maneira”, descreve Renata Azambuja, curadora da exposição. Por meio de muita escuta e escrita, as obras foram selecionadas para a exposição. “É um projeto, não é só meramente uma exposição ou um livro, e essas coisas já não são poucas. Elas fazem parte de um todo, de um contexto político, inclusive da atualidade”, completa.
Sobre a artista
Graduada em Artes Plásticas pela Universidade de Brasília (UnB), Helena Lopes é pintora, gravadora, professora e especialista em gravura. Possui 40 anos de carreira artística, participando de exposições nacionais e internacionais. Em seu ateliê em Brasília oferece cursos de formação de artistas. Também integrou a criação do Ateliê de Gravuras da UnB (chamado posteriormente de Núcleo de Gravura do Instituto de Artes). Em 2019, em sua viagem para a Polônia, conheceu Budzyn, terra natal de sua mãe, em busca de conexão com a sua ancestralidade.
Serviço
Conversa com o artista plástico Sérgio Fingermann na mostra Do chão para o chão
Nesta sexta-feira (20/10), às 16h na Galeria 2 do Museu Nacional da República. A entrada é gratuita e aberta ao público.
Mostra Do chão para o chão, de Helena Lopes
De terça a domingo, das 9h às 18h30, até 19 de novembro, na Galeria 2 do Museu Nacional da República.
A entrada é gratuita e aberta ao público.
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br