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Marcius Melhem lucra com publicações contra Dani Calabresa, diz estudo

O levantamento foi feito pelo Laboratório de Estudos de Internet e Mídias Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro e avaliou vídeos postados no canal de Melhem, publicações de Dani Calabresa e notícias sobre o caso em portais de fofoca

Com a coleta e análise de 77.898 publicações de redes sociais e de reportagens entre dezembro de 2020 e junho de 2023, o estudo avaliou vídeos postados no canal de Melhem -  (crédito: Reprodução/Youtube @marciusmelhem)
Com a coleta e análise de 77.898 publicações de redes sociais e de reportagens entre dezembro de 2020 e junho de 2023, o estudo avaliou vídeos postados no canal de Melhem - (crédito: Reprodução/Youtube @marciusmelhem)
postado em 10/10/2023 17:14

O ator e humorista Marcius Melhem, réu por assédio sexual contra três mulheres, lucra com as publicações que faz contra suas acusadoras nas redes sociais, aponta estudo da UFRJ.

Intitulado Orquestração Multiplataforma da Misoginia: O Caso Marcius Melhem, o levantamento foi feito pelo Laboratório de Estudos de Internet e Mídias Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Com a coleta e análise de 77.898 publicações de redes sociais e de reportagens entre dezembro de 2020 e junho de 2023, o estudo avaliou vídeos postados no canal de Melhem, publicações de Dani Calabresa e notícias sobre o caso em portais de fofoca.

No canal do YouTube do humorista, ele fala sobre as acusações e contra as denunciantes - há vídeos em que ele se refere a uma publicação de Calabresa como "post cara de pau, cínico e mentiroso". Conforme o estudo apurou, entre os 75 vídeos analisados no canal, 65 são monetizados.

A pesquisa ainda analisou publicações de Dani, especialmente nos casos de publicidade. Segundo o estudo, 80% dos comentários avaliados eram feitos contra a denunciante, e há vários feitos pelos mesmos perfis.

Em suas redes sociais, Melhem respondeu à notícia do estudo e alegou que se trata de um laboratório que espalha desinformação. "Mais um capítulo da tentativa de me calar", escreveu. O ator procurou a assessoria da imprensa da Reitoria da UFRJ, que declarou que o estudo não era uma afirmação direta dos reitores da universidade.

Nesta terça-feira, 10, a Reitoria da UFRJ se manifestou publicamente e ressaltou que, apesar da pesquisa não pertencer aos reitores, ainda é um estudo da instituição.

"Diferentemente do que foi divulgado por Marcius Melhem, ex-diretor da TV Globo, a Reitoria não afirmou que a pesquisa Orquestração Multiplataforma da Misoginia: O Caso Marcius Melhem (...) não tem vínculo com a UFRJ".

Segundo a instituição, o estudo é, sim, "produto de um dos 1.456 laboratórios de pesquisa da nossa Universidade centenária".

Após ter seu laboratório questionado pelo humorista, os representantes da universidade também ressaltaram a experiência dos pesquisadores. "O NetLab pesquisa temas que ganharam destaque nos meios de comunicação e na agenda pública. Enfatizamos que o referido laboratório é reconhecido pela excelência e contribuição", complementou a nota.

O Estadão procurou Marcius Melhem sobre o estudo, que não respondeu até a publicação desta nota. O espaço segue aberto.

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