De casa nova, a sexta edição do CoMA chega ao CCBB e promete seguir com a tradição de diversificar vozes e dar oportunidades para a cena musical local. Para a ocasião, o festival, que ocorre até domingo (8/10), traz para o palco diversos artistas locais. São nomes como Pratanes, Israel Paixão, Lows e Pé de Cerrado. Apesar do formato quadrangular, Brasília é uma cidade fora da caixa e dispõe de artistas que passeiam pelo indie, rock, forró jazz, rap, prova de que a diversidade também é possível na capital do rock.
O Correio preparou uma apresentação de alguns desses artistas locais que valem a atenção de quem pretende curtir o festival. Para dar a largada, a cantora independente e um dos destaques da cena cultural do DF, Pratanes, é uma das atrações do CoMA. Em entrevista ao Correio, ela comenta a importância desse festival para os cantores. “É o objetivo de todo artista poder se apresentar nos festivais de renome da própria cidade. O CoMA é muito isso pra mim e pra nós que somos aqui do DF. Sempre tive vontade de tocar e esse ano chegou a oportunidade”, afirma.
A cantora se apresenta ao lado de Lows, Pina e Tanise Silva, e destaca a conexão que criou com eles e a maneira que se refletirá no palco. “A gente se encontrou pela primeira vez agora, depois dessa proposta de nos juntarmos para essa experimentação. Vai ser muito legal e queremos que saia da melhor forma. Quem tiver aberto a se conectar vai ter muito a ganhar, assim como nós”, conclui.
O artista Israel Paixão lançou o mais novo single, Meu Laia, nesta sexta (6/10), e posteriormente chega para a aguardada apresentação no CoMA neste sábado 97/10). Com uma mistura eclética de gêneros musicais, ele chega para deixar uma marca significativa na cena musical local. “É uma oportunidade gigantesca pra mim, pra minha carreira, porque é a realização de um sonho. Em 2019, estava acontecendo o CoMA e tive o prazer de assistir aos shows e ver a dimensão do evento, travei e pensei 'meu Deus, isso é lindo demais'. Eu me vi em um desses palcos um dia cantando e quatro anos depois, Deus ou o universo me deu oportunidade na hora que eu estava mais preparado, que é esse momento de hoje”, relata.
O Grupo Cultural Pé de Cerrado também chega ao festival com a promessa de colocar todo mundo para dançar e não ficar parado. Com a proposta de desfilar o melhor da música popular, Pabllo Rabi, integrante do grupo, ressalta que é uma grande oportunidade para eles apresentarem o trabalho dos músicos. “São poucos os eventos que têm um grande porte, que a gente consegue pisar. Então é uma vitrine muito grande pros artistas de Brasília realmente mostrarem o que nós temos de melhor. Temos de tudo um pouquinho e esses eventos que dão oportunidade para todas as cenas são de extrema importância, porque valorizam um pouquinho de tudo, agregando todos os povos, as raças e as tribos”, observa.
Cantor e produtor musical que se fez conhecido pelo trabalho com o bloco carnavalesco Divinas Tetas, Aloizio chega para a terceira participação no CoMA, porém a primeira como LOWS. “É sempre uma alegria poder fazer parte de um festival tão importante pra nossa cidade com uma curadoria sempre muito atenta e boa. Então estar entre os artistas do festival é um bom indicativo de que estamos fazendo um bom trabalho”, explana o cantor.
Lows ainda destaca como vê o espaço que afrobeats, RnB e MPB, gêneros que fazem parte da música dele, têm em festivais alternativos do modelo do CoMA. “Acho que os artistas pretos têm ganhado mais espaço nos últimos tempos e consequentemente as pessoas têm escutado mais música preta nas festas e também nos shows. É importantíssimo que o festival apoie essa cena/movimento que está mudando o rumo da nossa cultura local.
Coma no Correio
Ao longo do mês, o Correio tem feito, nos meios on-line e impresso, um passeio entre as atrações do Festival CoMA, traçando um retrato dos artistas e a relação com Brasília e o evento.
*Estagiário sob supervisão de Nahima Maciel