Streaming

Chippu pretende mudar a forma como o público consome streaming

Aplicativo que tem o ex-Correio Thiago Romariz como cofundador criou uma comunidade para que o consumo de streaming seja mais saudável e compartilhado

Com a infinidade de plataformas fica cada vez mais difícil escolher o que assistir em qualquer rápido descanso no sofá. O aplicativo Chippu chegou em 2020 com a promessa de facilitar esse processo de escolha de entretenimento streaming. Três anos depois o app para celular e tablet já soma mais 1 milhão de usuários, 200 mil ativos diariamente e pensa em alçar novos voos.

A proposta inicial era um aplicativo que misturasse a curadoria humana com a potência da tecnologia e algoritmos para dar dicas de filmes e séries, apresentando sobre o que são essas produções e onde estão disponíveis on-line. "A ideia era usar tecnologia para fazer curadoria, era ter uma mente humana por trás do algoritmo, para que justamente o algoritmo seja o facilitador e não o controlador da experiência", explica Thiago Romariz, alagoano criado em Brasília e ex-jornalista do Correio. Além dele, o aplicativo ainda tem representando a capital: Luigi Pedroni e Thamer Hatem, desenvolvedores, e Bruno Silva, editor da comunidade Chippu e também ex-Correio.

Desde que começou, há três anos, o Chippu distribuiu 3 milhões de dicas e cresceu de forma orgânica. Atualmente, conta com uma comunidade de usuários ativos que escreve diariamente críticas de filmes e séries.  “Uma das grandes inspirações para a ideia da dica, foi ter a minha mãe e pessoas da minha família pedindo dicas de filmes e séries todo dia para mim no Whatsapp. Isso acontece com todo mundo, a forma de conseguir uma indicação é sempre boca a boca. A aba mais usada da nova versão do Chippu é a de críticas da comunidade, isso é um claro exemplo”, destaca Romariz.

A intenção é propor uma forma mais sadia de se divertir nos streamings, sem precisar ceder ao ritmo acelerado de lançamentos e possibilidades quase em tempo real. "A nossa ideia é que a comunidade se alimente entre si e não que eles sigam a velocidade de um algoritmo feito para satisfazer em questão de segundos", explica o fundador. "Queremos um uso de entretenimento saudável, das pessoas discutirem com educação o tempo inteiro sobre o que gostam”, acrescenta. "Queremos que a tecnologia facilite e não que seja um canhão de dopamina. A gente não precisa dessa ansiedade toda para tudo. De ansiosos já bastam todos nós", completa.

Agora, é o momento de olhar para o futuro. O aplicativo já lançou uma atualização que aumentou em 20% o número de usuários, também tem engatilhadas versões em espanhol e inglês para investir em novos mercados, sem contar que pretendem trazer gameficação e novas ferramentas que podem chegar até a uma carteira de streamings para ajudar os usuários a controlarem as diversas contas que assinam. Esportes, podcasts e vídeo games também podem em breve ter cobertura do Chippu. "Usar o serviço e a tecnologia para facilitar a vida do usuário em qualquer forma é o futuro desse mercado de entretenimento, que não envolve só filme e série. Pode ter esporte, videogames, podcast e qualquer outro tipo de diversão", prevê Thiago. "Temos hoje números reais de pessoas que estão lá no Chippu todo o dia escrevendo sobre filmes e séries. Agora queremos pegar isso e transformar num modelo de negócio e entretenimento", conclui.