Originalmente constituída de três cordas friccionadas, nas quais o som é produzido a partir do atrito entre o arco e as cordas— as rabecas podem ser de vários tipos, afinações, formas e materiais de construção. A partir deste fim de semana, a primeira orquestra de rabecas de Brasília circula pelo DF. Com apresentações em alguns sábados e domingos de setembro e outubro, o grupo estará na Praça da 28 do Paranoá, Mercado Sul de Taguatinga, Casa do Cantador de Ceilândia Complexo Cultural Samambaia, para promover a tradição da Rabeca na cidade, além de convidar grandes nomes da cidade, como Martinha do Coco e Sivuquinha de Brasília. A programação completa se encontra no Instagram @orquestraderabecasdocerrado.
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A Orquestra de Rabecas do Cerrado surge inspirada na diversidade e abrangência do bioma local. Cada um dos cinco integrantes da orquestra toca uma rabeca de um determinado mestre, com características completamente diferentes.
"Isso agrega muito valor cultural ao projeto. São timbres diferenciados, dizem sobre a cultura de vários lugares. Tem rabeca do Piauí, rabeca do Rio Grande do Norte, rabeca inclusive feita por um dos integrantes da orquestra (Daniel Carvalho)", comenta Maísa Arantes, rabequeira idealizadora do projeto.
"As tocabilidades são diferenciadas porque cada um aprendeu de uma forma particular, com um mestre diferente. Isso diz muito sobre cada artista e sobre os estilos que cada um toca. Nossa orquestra é um ambiente de muita confluência cultural, adiciona Maísa.
A orquestra
Além de Maísa Arantes, Daniel Carvalho, André Soneca, Jéssica Carvalho e Danilo Chaib, fazem parte da orquestra. Na banda base o som do violão vem de Marcelo Neder e as percussões de Nathália Marques e Marcos Ramalho. Juntos, trazem arranjos próprios para as rabecas, com releituras de músicas tradicionais, além de um rico repertório autoral.
Em cada uma das cinco edições, a orquestra tem um convidado especial. Martinha do Coco, Sivuquinha, Carol Carneiro, Bernardo Bittencourt, Kika Brandão e Fernando Cheflera são os nomes convidados das apresentações de setembro e outubro . Ao fim de cada apresentação do grupo, um rabequeiro(a) fará um show de seu trabalho solo, fechando cada edição.
Maísa atua há 15 anos na cena de rabequeiros de Brasília. A multi instrumentista explica que a rabeca não é um objeto estático. É possível encontrar rabecas de três ou quatro cordas, construídas de bambu, latão, cabaça e outras matérias primas curiosas com características agregadas, que ressaltam sua peculiaridade em cada origem.
*Texto de Luiza Helena, estagiária sob a supervisão de Severino Francisco
Orquestra de Rabecas do Cerrado
Setembro e Outubro de 2023. Nas cidades de Paranoá, Taguatinga, Ceilândia e Samambaia. Entrada Gratuita. Livre para todos os públicos. Mais informações no instagram @orquestraderabecasdocerrado.
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