No dia 5 de outubro, o autor e jornalista Aloysio Reis lança o livro O eterno desencontro das paralelas. O autor mescla a realidade com elementos da ficção em uma obra de romance policial e realismo fantástico. O livro traz elementos políticos, como a figura de Jânio Quadros, e da ficção, como Agatha Christie, a partir da metáfora das linhas de trem paralelas, e o que as pessoas são ou gostariam de ser.
De acordo com Aloysio, os trens sempre o impressionaram muito, e, quando criança, utilizava da imaginação para fingir que tampas de garrafa eram as linhas do trem — essa foi uma das inspirações do autor para escrever o livro. Ele explica também que sempre foi muito conectado com a política, e o pai esteve preso durante a ditadura, então, ele têm lembranças dessa época. “Eu não consigo ver a vida apolítica”, diz o autor. Esse foi o ponto de partida para escrever a obra. Além disso, o livro faz uma crítica às fake news quando um dos personagens, que eram os diabos, levavam as pessoas para caminhos obscuros, por meio de notícias falsas.
O eterno desencontro das paralelas é o segundo livro de ficção escrito pelo autor. Ele conta que a obra foi escrita durante a pandemia, mas não queria lançá-la durante esse período. “Para mim, lançar livro é ter contato com as pessoas, e na pandemia não era possível”, diz. Aloysio conta que se apegou aos personagens, e, em determinado momento do livro, eles ficaram mais fortes do que ele. “Cheguei, algumas vezes, a chorar lendo a história dos personagens”, conta. Ele acrescenta que os personagens que ele não se apegou, foram retirados da obra. Alguns desafios que ele enfrentou foi escrever os lugares, e pesquisá-los. De acordo com o autor, ele tinha medo de descrever o lugar de forma errada, por isso, conversou com várias pessoas que moram em Minas Gerais, onde se passa o livro, para, de acordo com o autor, não falar besteira.
*Estagiária sob a supervisão de
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