A fotojornalista Gabriela Biló lançou, na noite desta quarta-feira (6/9), a exposição A verdade, no Museu de Arte de Brasília (MAB). O evento contou com a presença de figuras políticas importantes, como o secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli, e o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, além dos idealizadores do podcast Medo e Delírio em Brasília e do diretor Pedro Inoue, que assinam o projeto junto a Biló.
Ganhadora do prêmio Vladmir Herzog como menção honrosa, em 2020, com a foto “Presidente Viral”, Gabriela Biló lançou o livro “A Verdade vos Libertará”, em abril deste ano. A obra retrata, por meio de fotografias, momentos chave do Brasil entre os anos 2013 e 2023, culminando com a posse do presidente Lula e os atos golpistas do 8 de janeiro.
Ao Correio, Biló conta que o objetivo inicial era fazer o lançamento do livro junto à exposição, mas que a intentona golpista incorreu numa mudança de planos. A fotojornalista explica que viu, na exposição, a oportunidade de dar foco ao 8 de janeiro, sobre o qual o livro apenas “pincela”.
“A ideia da exposição veio com o lançamento do livro. Eu queria que ela fosse uma experiência visual diferente do que é folhear um livro e quando eu pensei nisso, eu pensei em fazer o lançamento do livro junto com a exposição. Mas acabou que aconteceu o 8 de janeiro, as coisas mudaram bastante a exposição acabou sendo mais um foco sobre o 8 de janeiro do que sobre o próprio livro. O livro é a década toda e aqui é só uma pincelada na década, com o foco no 8 de janeiro”, explica.
Biló defende a importância de se “concretizar” visualmente o 8 de janeiro como um momento marcante, a fim de combater o que chama de “guerra de narrativas” originadas pela ocasião e evitar que um evento de mesmo teor volte a acontecer.
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“Eu acho que é uma história que precisa ser concretizada visualmente, porque a gente tem uma guerra de narrativas. A gente tem uma ditadura sendo chamada de revolução. Então acho que quanto mais memórias físicas a gente criar sobre o que aconteceu, mais difícil de repetir a história”, argumenta.
A exposição A verdade pode ser visitada no Museu de Arte de Brasília (MAB), aberto todos os dias — exceto terças-feiras — das 10 às 19h. O espaço estará aberto durante o feriado do Dia da Independência (7/9).
*Estagiário sob supervisão de Pedro Ibarra
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