A bala que atingiu o baixista do Ultraje a Rigor Rinaldo Oliveira Amaral, o Mingau, atravessou o crânio do músico no lado esquerdo do cérebro, responsável por algumas funções motoras, como linguagem e visão. As informações foram dadas por médicos do Hospital São Luiz (SP) que acompanham o tratamento.
Para evitar complicações neurológicas, os especialistas afirmam que estão em curso medidas de fisioterapia motora e respiratória. Mingau foi baleado no sábado (2/9) em Paraty, no Rio de Janeiro. Após ser atendido no hospital da cidade, foi transferido para São Paulo.
De acordo com a equipe médica, Mingau continua na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), usa antibióticos e anticonvulsivantes e é submetido a métodos para conter o aumento da pressão intracraniana.
"Ele vem recebendo todo o suporte em relação ao manuseio do edema cerebral e da pressão intracraniana”, relata Thiago Romano, coordenador da UTI neurológica. “Então, hoje, o principal foco é o tratamento da pressão intracraniana do paciente. Para isso, ele se encontra sedado, popularmente dito coma induzido", explicou ele.
Os médicos evitam dar um prognóstico e afirmam que é preciso esperar para saber como Mingau vai responder ao tratamento. O estado de saúde do músico é grave. “A neurologia depende muito das habilidades do neurocirurgião, dos cuidados de UTI, mas depende muito de condições individuais de cada pessoa”, disse o neurocirurgião Manoel Jacobsen.
Por isso, não há previsão de quando ele será retirado da sedação. Os médicos também informaram que o projétil da bala não permaneceu no crânio e que qualquer resquício foi retirado na cirurgia feita no domingo (4/9).
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