Lançado pela Buzz Editora e escrito por Hannah Pick-Goslar, melhor amiga de Anne Frank, o livro Minha amiga Anne Frank conta a história real da amizade entre duas garotas durante o holocausto.
Agora disponível nas prateleiras das livrarias brasileiras, o livro fala sobre a mudança de Hannah e sua família para Amsterdã para fugir da Alemanha nazista. Lá, ela fez amizade com Anne, que durou vários anos. Durante esse período, as duas foram inseparáveis e desfrutaram da liberdade e da alegria da infância.
No entanto, Anne e sua família desapareceram de repente em junho de 1942, quando a ocupação nazista na Europa se intensificou. Os Frank deixaram para trás apenas sinais da vida cotidiana e muitas memórias.
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Enquanto se questionava sobre o destino da amiga, Hannah também viu sua própria família passar por apuros. Ela, a irmã, o pai e os avós foram capturados e levados para o campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha.
Vivendo em condições precárias no campo, Hannah recebeu notícias de Anne Frank, que estava enfraquecida e lutava pela vida. No Diário de Anne Frank, livro que ficou mundialmente conhecido, a menina também menciona diversos momentos que passou com a amiga, Hanneli, como era chamada pelos amigos.
Superação
Hannah, a irmã mais nova, Gabi, o pai e os avós maternos foram presos e enviados para o campo de transferência de Westerbork, em 1943. Depois, a família foi encaminhada para Bergen-Belsen.
Ela ficou 14 meses no campo até ser libertada, em 1945. Em 1947, ela se mudou para o Mandato Britânico da Palestina, pouco antes do território se tornar o Estado de Israel. Lá, fez enfermagem.
Depois de se aposentar, Hannah aproveitou a companhia de seus três filhos, 11 netos e 31 bisnetos. Ela morreu em 2022, aos 93 anos.