Com um filme por estrear no Festival de Veneza (The caine mutiny court-martial), o premiado cineasta norte-americano William Friedkin, morreu aos 87 anos, em Los Angeles, segundo confirmou a esposa dele, a ex-produtora Sherry Lansing.
Contemporâneo de diretores do porte de Peter Bogdanovich e Francis Ford Coppola, Friedkin começou na telona, em meados dos anos de 1960, à frente da comédia Good times, estrelada por Sonny e Cher. Mas foram dois títulos setentistas que estabeleceram o reconhecimento do cineasta: Operação França (vencedor do Oscar de filme, diretor e ator central, no caso, Gene Hackman) e o blockbuster que levantou US$ 425 milhões de bilheteria, O exorcista (1974), fenômeno do terror, criado a partir da literatura de William Peter Blatty.
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Influenciador de toda uma geração de artistas, Friedkin ganhou a admiração de nomes como David Fincher e Steven Spielberg. Na vida pessoal, se destacou ainda pelos casamentos com as atrizes Lesley-Anne Down e Jeanne Moreau. Para além da curiosidade da parceria com o ator e dramaturgo Tracy Letts, com quem elaborou Possuídos (2011) e Killer Joe, matador de aluguel (com Matthew McConaughey), Friedkin se afirmou em suspenses policiais como Jade, com Linda Fiorentino (sucesso de 1995) e Parceiros da noite (1980), polêmico filme que associou submundo e homossexualidade, encabeçado por Al Pacino.