A atriz Aracy Balabanian morreu, na manhã desta segunda-feira (7/8), aos 83 anos. Diagnosticada com câncer no pulmão, ela estava internada em uma clínica na Zona Sul do Rio de Janeiro.
A atriz estreou na televisão em 1972, com a novela O primeiro amor. Nascida em fevereiro de 1940 e filha de imigrantes armênios, ela costumava contar que seu início de carreira foi "uma tourada". O pai não aceitava a escolha da filha que, aos 12 anos, depois de ver um espetáculo com a companhia Maria Della Costa, ficou emocionada e decidiu tornar-se atriz. Ela dizia que começou a fazer televisão em uma época em que não era "bonito" nem bem-visto aparecer na telinha.
Os primeiros papéis vieram nos anos 1970. No infantil Vila sésamo, em 1973, ela viveu Gabriela e no ano seguinte, foi protagonista da novela Corrida do ouro. Em 1975, fez sucesso em Bravo!. Elas por elas (1982), Guerra dos sexos (1983), Transas e caretas (1984), Ti ti ti (1985), Que rei sou eu (1989) e Rainha da sucata (1990) são algumas as novelas de sucesso feitas por Aracy Balabanian.
Em A próxima vítima (1995), Aracy deu vida a Filomena, uma mulher poderosa, que controlava os negócios de uma família rica e era especialista em manipular todos aos seu redor. Em 2012, ela viveu uma avó em Cheias de charme, em 2018, fez um de seus últimos papéis com uma participação especial em Malhação.
Em 1996, Aracy Balabanian entrou para o elenco de Sai de baixo com a personagem Cassandra. Em entrevista no Conversa com Bial, ela contou que teve muita dificuldade em fazer o papel e chegou a pedir a Daniel Filho para deixar o programa porque não conseguia parar de rir dos improvisos de Miguel Falabella e Tom Cavalcante.
Aracy nasceu em Campo Grande (MS), mas mudou-se para São Paulo aos 15 anos, com a família. Aos 18 anos, passou vestibular para Ciências Sociais na Universidade de São Paulo e para a Escola de Arte Dramática de São Paulo. Acabou por abandonar o curso de sociologia para se dedicar ao palco. A estreia como atriz foi no teatro. Ainda menina, ela fez parte do Teatro Paulista do Estudante e, mais tarde, participaria de espetáculos do Teatro Brasileiro de Comédia.