O número de assinantes da Netflix deu um salto de 5,89 milhões de contas no segundo trimestre, totalizando 238 milhões de clientes, informou a empresa após o fechamento de Wall Street nesta quarta-feira (19/7).
O aumento é explicado por sua política de restringir a possibilidade de compartilhar senhas entre usuários.
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A plataforma de streaming americana obteve um lucro líquido de 1,5 bilhão de dólares (o equivalente a 7,18 bilhões de reais, na cotação atual) entre abril e junho, um resultado que também superou as expectativas do mercado.
Desde maio, a Netflix tem obrigado usuários de mais de 100 países a pagar para adicionar perfis em suas contas, em vez de compartilhar seu acesso gratuitamente.
"Os ganhos em cada região são agora maiores do que antes da mudança, com mais assinaturas do que cancelamentos", afirmou o grupo em seu comunicado de resultados trimestrais.
A política de compartilhar as contas mediante pagamento se expandirá imediatamente para praticamente todos os países onde o serviço está disponível.
Após um difícil 2022, a Netflix busca gerar mais receitas por cada usuário.
Como consequência, o pacote de assinatura sem anúncios mais barato desapareceu nesta quarta-feira nos Estados Unidos e no Reino Unido.
Os clientes desses dois países, assim como os do Canadá, agora podem escolher entre a opção com anúncios e duas opções mais caras sem anúncios. Além disso, terão que pagar mensalmente por usuário adicional.
A firma de pesquisa Insider Intelligence estima que a Netflix gerará 770 milhões de dólares (3,35 bilhões de reais) em receita publicitária nos Estados Unidos este ano e mais de 1 bilhão de dólares (4,79 bilhões de reais) em 2024.
A Netflix registrou vendas de 8,2 bilhões de dólares (39,29 bilhões de reais) no segundo trimestre, um pouco menos do que os analistas esperavam.
Suas ações caíram mais de 5% nas negociações eletrônicas após o fechamento da Bolsa de Nova York.