Música

Fenômeno dos anos 2010, Big Time Rush volta à ativa com novo álbum

‘Another life’ é o primeiro álbum de inéditas do grupo Big Time Rush em 10 anos. Em entrevista ao Correio, James Maslow e Kendall Schmidt revelam detalhes sobre o lançamento

Uma onda nostálgica tomou conta do mundo do entretenimento nos últimos anos. Desde então, o meio cultural tem sido palco dos chamados revivals e reboots de séries e filmes, e também do retorno musical de diversos grupos e bandas. Fenômeno dos anos 2010, Big Time Rush entrou de cabeça na máquina do tempo e trouxe à tona sentimentos do passado com um reencontro virtual em 2020, para a comemoração do hit Worlwide. O sucesso da reunião, no entanto, acabou ultrapassando os limites da internet — em 2022, os quatro integrantes do grupo pop voltaram aos palcos mundiais com a turnê Forever e, agora, lançam o disco Another life, primeiro álbum de inéditas do grupo pop em 10 anos.

A alta procura pelos novos projetos do quarteto formado por James Maslow, Kendall Schmidt, Logan Henderson e Carlos Pena Jr. resultou em shows esgotados ao redor do mundo e o adiantamento da estreia de Another life em uma semana, mesmo com o grupo afastado dos holofotes há mais de seis anos. “Nós sempre trabalhamos duro para lutar pelo nosso lugar e eu acredito que nós definitivamente fizemos por merecer estarmos onde estamos hoje”, afirma James em entrevista ao Correio. “Nós somos muito gratos aos nossos fãs, por ainda estarem nos acompanhando e estarem tão animados pelo novo álbum. Eles ainda lotam todos os shows que fazemos, porque eles querem muito estar lá. Isso, para nós, é o verdadeiro significado de relevância”, complementa o cantor.

O grupo Big Time Rush surgiu a partir do seriado de mesmo nome da Nickelodeon, em 2009. A série narra as desventuras de James Diamond, Kendall Knight, Logan Mitchell e Carlos Garcia, quatro jogadores de hóquei que são subitamente levados para Hollywood para se tornarem a próxima boy band de sucesso mundial. Tanto dentro, quanto fora das telinhas, o quarteto realmente alcançou o estrelato.

Apesar do amor pela música e pelos fãs continuar o mesmo há mais de 10 anos, algumas coisas mudaram. O público infanto-juvenil que acompanhava de perto a banda, hoje é composto majoritariamente por maiores de idade. “Como a maioria dos nossos fãs são adultos agora, eu sinto que todos nós estamos na mesma página”, avalia James. “Nós não precisamos nos adaptar à uma audiência mais nova como precisávamos no início da carreira. Agora, nós podemos ser bem mais autênticos e isso é algo que transparece na nossa música, nos nossos shows e até nas nossas personalidades”, explica.

Nos três álbuns lançados pelo Big Time Rush entre 2011 e 2013, a participação dos quatro integrantes foi pouca. “No nosso primeiro disco, no máximo terminamos o refrão de Oh yeah. Acho que esse foi nosso primeiro crédito como compositores”, relembra James. “Nós escrevemos um pedacinho daquele primeiro álbum e depois, no segundo, nós escrevemos umas quatro ou cinco músicas. No terceiro disco, nós fomos responsáveis por uns 60% das composições. Já este álbum é 100% nós”, comemora Kendall.

Em Another life, as composições autorais são o grande diferencial do novo trabalho do grupo e, para os integrantes, motivo de celebração. “Nesse disco, nós fizemos o que queríamos como artistas, o que foi muito mais satisfatório do que fazíamos antigamente. Eu realmente espero que os fãs descubram mais das nossas personalidades e dos nossos estilos de canto e composição, que são coisas que realmente transparecem neste trabalho”, torce James. “Esse álbum é um conjunto de todas as nossas influências, coisa que nós conseguimos balancear muito bem. É muito interessante, porque somos quatro pessoas diferentes com gostos diferentes, mas acredito que isso sempre foi o que fez o Big Time Rush ser o Big Time Rush”, pontua.

Terras brasileiras

Mundialmente bem-sucedida, a turnê Forever não poderia deixar de fora um dos principais mercados do Big Time Rush — o Brasil. O quarteto esteve no país em março deste ano, com passagens por São Paulo e pelo Rio de Janeiro. “Quando vamos ao Brasil, nós somos recebidos pelos fãs mais animados do mundo, que são exatamente a plateia que qualquer artista quer tocar”, aponta James. “Todo mundo sabe que os fãs brasileiros são loucamente apaixonados por música, e pela nossa música. Eu sinto que os artistas que são sortudos o suficiente de irem até aí fazer shows sempre contam as mesmas histórias, que os fãs são malucos e aparecem um dia antes para esperar na fila, porque querem estar na frente do palco”, ri.

As datas no Brasil, além de especiais devido ao carinho da banda com o país, também foram responsáveis por encerrar a série de shows do grupo. “Nós tivemos a sorte de terminar uma turnê que passou por diversos países do mundo no Rio de Janeiro, não fica muito melhor que isso”, garante Kendall. “Você tem a praia, pessoas maravilhosas, comida deliciosa, ótima vida noturna. Eu realmente não consigo pensar em um lugar melhor para terminar a turnê do que no Rio”, confessa.

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