O Capital Moto Week tem início nesta quinta-feira (20/7) e quem abre os trabalhos é uma banda que está encerrando um ciclo. A Dona Cislene anunciou separação em 2020, mas, como era pandemia, a banda não teve a chance de se despedir dos fãs que os acompanharam nos palcos. Os músicos são de Brasília e fizeram parte de uma cena recente que foi uma das mais promissoras da história da cidade, composta por outros grupos como Scalene, Lupa e Alarmes.
Os jovens são o primeiro ato do palco principal do evento, o show está marcado para as 20h desta quinta (20/7). Em seguida Supla e depois Marcão Britto e Thiago Castanho, em turnê comemorativa dos 30 anos Charlie Brown Jr., encerram a programação do primeiro dia do festival que completa 20 anos em 2023.
Em entrevista ao Correio, os integrantes Bruno Alpino, Guilherme de Bem, Pedro Piauí e Paulo Sampaio falam sobre a despedida dos palcos como banda e refletem sobre a trajetória de sucesso local e nacional com três álbuns, 40 músicas e 14 videoclipes.
Entrevista // Dona Cislene
A Dona Cislene anunciou o fim já há algum tempo, mas a pandemia não permitiu uma despedida propriamente dita. Por que vocês decidiram fazer esse show?
Bruno Alpino -Tinha muita coisa guardada! Nunca tivemos um momento de despedir dos nossos fãs e conseguir assimilar essa nova fase de nossas vidas com outros projetos rolando. Com o convite do Capital Moto Week tudo começou a fazer sentido! Era o show perfeito pra matarmos a saudade do palco, encontrar nossa galera e fechar essa fase com chave de ouro. Vai ser um dos momentos mais especiais de nossas vidas sem dúvida nenhuma!
Qual o sentimento de fazer isso agora?
Bruno Alpino - Acho que esses três anos afastados tá fazendo a gente valorizar muito mais tudo que está acontecendo! O carinho dos nossos fãs, a estrutura absurda do show, a comunicação e ativações nas redes sociais, é um sentimento de recomeço de banda que não sentíamos faz muito tempo. O mais importante é que estamos prontos pra virar essa chave e ver o que acontece depois. Todos nós estamos imersos em outros projetos pessoais e profissionais que também queremos levar pra frente. O Paulo com a Fya sua marca de roupa, o Piauí com a geologia, o Gui segue trabalhando com outros artistas na Artfex e eu começando a gravar as primeiras músicas com a Darby. O importante é que os quatro estão felizes!
Como é construir o repertório de um show despedida? O foco é divertir o público uma última vez? Despedir-se da diversão entre amigos de longa data no palco? Ou tocar aquilo que deixa vocês felizes?
Pedro Piaui - Construir um repertório desses não foi tarefa fácil. São quase 10 anos de trabalho entre álbuns e singles para resumir. Tentamos seguir com as mais queridas de cada um da banda e - é claro - os pedidos do público.
O palco pra gente sempre foi diversão em primeiro lugar, e dessa vez não será diferente! A diversão do público é consequência, e uma consequência natural e especial para nós. Troca de energia sincera!
Agora que estão chegando ao fim, como avaliam a trajetória da banda?
Paulo Sampaio - Temos muito orgulho da nossa história. Rodamos o Brasil todo, fizemos tour no Canadá, tocamos no Rock in Rio e nos maiores festivais do país, lançamos 3 discos, temos muitos fãs com tatuagens da Dona Cislene, nos entregamos de corpo e alma e impactamos toda uma geração. Eternizamos uma caminhada linda, sempre correndo pelo certo e tocando com o coração. Somos muito gratos por tudo!
Juntos para ensaiar, deu vontade de voltar atrás?
Bruno Alpino - Falando por mim, sem sombra de dúvida! Tocar o setlist inteiro faz passar um filme pela cabeça de tudo que já fizemos e conquistamos. Por mim eu não parava nunca! Ninguem sabe o dia de amanhã né? Estamos fazendo o que estamos com vontade agora, sem pensar demais.
Serviço
Show de despedida da Dona Cislene
Nesta quinta-feira (20/7), às 20h, no Capital Moto Week (Parque de Exposições da Granja do Torto)
Ingressos a partir de R$ 79, disponíveis na plataforma Bilheteria Digital