O diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa, mais conhecido como Zé Celso, morreu nesta quinta-feira (6/7), um mês após se casar com o grande amor de sua vida: o também diretor Marcelo Drummond. O casal oficializou a união no dia 6 de junho, no Teatro Oficina, em São Paulo, após 36 anos de relacionamento.
Em entrevista concedida ao Estado de Minas, em maio deste ano, Zé Celso anunciou que os dois já eram "marido e marido", após terem se casado no civil. "Agora falta casar perante o público", disse o dramaturgo, na época.
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Vestidos de branco, os dois escolheram o teatro fundado por Celso em 1958 para ser o cenário da união entre os dois. A festa ainda contou com apresentações de Marina Lima e Daniela Mercury, além da bateria da escola de samba paulistana Vai-Vai. Maria Bethânia também marcou presença, mandando uma gravação.
O evento foi organizado pelo ator Ricardo Bittencourt, amigo dos noivos. "Ele é nosso amigo desde 1989, quando nos conhecemos. Sempre nos falou que tínhamos que casar. Como a gente é de teatro, ator, não tem nada na vida, não nos preocupamos com isso. Mas o Zé está com 86 anos, o vi envelhecer, ficar mais frágil, menos punk. Porque o Zé não era mole, era uma fúria. O que vai ser da obra do Zé? Tem que ter um tutor para seguir o trabalho", brincou Marcelo Dummond ao EM.
Zé Celso e Marcelo se conheceram em 1986 e começaram a viver juntos um mês depois. O companheiro do dramaturgo trabalhou em diversas monstagens do Oficina, tanto como diretor como produtor e iluminador. O casal contou durante a entrevista que a decisão de se casar foi para garantir o futuro do Oficina.