Música

Ex-Rosa Neon, Marcelo Tofani lança primeiro álbum da carreira solo

'Fantasia de um amor perfeito' é o primeiro álbum solo de Marcelo Tofani, ex-integrante da banda mineira Rosa Neon

Composto por Luiz Gabriel Lopes, Marcelo Tofani, Mariana Cavanellas e Marina Sena, Rosa Neon foi um dos principais fenômenos da música mineira nos últimos tempos. Criado em 2018, o grupo acumula milhões de reproduções nas plataformas digitais, passagens pelas principais capitais do país e até mesmo indicações a prêmios. No entanto, na mesma intensidade em que atingiu o sucesso nacional, a banda anunciou o fim em 2021, com menos de três anos de atividade. O encerramento das atividades do Rosa Neon, contudo, não foi de todo ruim — deu início a carreiras solo promissoras, como a de Marina. Agora, é a vez de mais um integrante da banda conquistar o Brasil: Marcelo Tofani.

Em Fantasia de um amor perfeito, primeiro álbum do cantor como solista, o mineiro mostra-se pronto para dividir com o público um lado não explorado no grupo. "Acho que o disco mostra a minha versatilidade e uma diversidade ainda maior de ritmos, que é um dos meus maiores prazeres na música: misturar sonoridades que, à primeira vista, são diferentes", avalia. Assim como no Rosa Neon, a estreia de Tofani como artista solo bebe direto da fonte da música pop, sem deixar de lado referências dos demais gêneros. "Acredito muito que o pop é uma esponja que absorve vários ritmos e expressa-os eles na sua própria linguagem, tipo um liquidificador maluco mesmo", ri.

Ao ouvir o projeto com atenção, é possível encontrar traços do disco music, passando pelo reggaeton, funk, sofrência, pisadinha e afrobeat, além de toques do R&B e trap. O artista de 25 anos de idade considera a variedade de influências musicais um fruto de sua geração. "Depois da internet, é comum você ver a mesma pessoa gostar de Pabllo Vittar e Racionais, sabe? Antigamente, isso era mais difícil, quem era roqueiro, por exemplo, era meio que socialmente obrigado a gostar só de rock e ai dele se ouvisse um pagodinho", brinca. "Acho que, hoje, isso está mais diluído", opina.

Apesar das referências encontradas por todo Brasil e pelo mundo, Marcelo ainda se prende às raízes do estado natal. "A belorizontice aparece não só na forma que eu escrevo, mas musicalmente também. Acho Belo Horizonte um dos lugares mais interessantes artisticamente falando no Brasil hoje", declara.

Acompanhando o mix de referências musicais, a lírica é outro destaque do disco. Fantasia de um amor perfeito conta uma história romântica, que vai desde o êxtase inicial de um relacionamento à dor de cotovelo. "Eu gosto muito de narrativas, de contar histórias nas minhas músicas. No disco, como é um trabalho mais longo, eu tive a possibilidade de fazer com que não só as músicas contassem algo entre si, mas que o todo contasse uma história, de cabo a rabo. Tem muitas das minhas experiências ali", relata. "Eu queria contar essa história e como a gente está o tempo inteiro idealizando as pessoas que a gente se relaciona, uma coisa meio "o nosso amor a gente inventa", finaliza.

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