Guilherme Moreira construiu as obras da exposição Entre nós, quase tudo é inconsistente, provisório, não dura, em cartaz no Espaço Oscar Niemeyer, a partir das ausências. Em objetos, esculturas, vídeo, fotografias e instalações, é o vazio, o que não está lá o fio para o artista tratar de questões que podem ser sociais, políticas, íntimas ou coletivas.
No total, Moreira apresenta sete trabalhos, todos oriundos de sete séries, que é a maneira como costuma trabalhar. Esculturas e relevos em papel, fotoesculturas e uma instalação formada por 120 painéis entintados compõem a exposição. "Embora sejam trabalhos feitos com papel, não trabalho com desenho. O desenho, para mim, é muito mais projeto", avisa. "As imagens surgem a partir da ausência da matéria, quando vou tirando o papel e fazendo as fraturas é que as imagens vão surgindo."
Moreira explica que a exposição é um convite para refletir sobre a noção de como se dá a apreensão do conhecimento. "Ou como as narrativas se apresentam pra gente. Vou discutindo e tendo o papel como base, como esse elemento físico de como a gente narra, conta e aprende uma história", diz. Os títulos das séries, que também dão nome às obras da mostra, apontam para algumas das direções que artista quer seguir. Sintomas, Linhas de Partilha, Hi[E]stórias, Quebra-mar, Estiagem, Alvejados e Cromateca são algumas das séries com obras incluídas na mostra.
Serviço
Entre nós, quase tudo é inconsistente, provisório, não dura
Exposição de Guilherme Moreira. Curadoria: Gisele Lima. Visitação até 6 de agosto, de terça a sexta, das 9h às 18h, e sábados, domingos e feriados, das 9h às 17h, no Espaço Oscar NIemeyer (Praça dos Três Poderes, Bloco J, Esplanada dos Ministérios)
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