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Pevepê fala sobre a tecnologia aliada ao mundo dos games

O episódio dessa semana veio falar sobre videogame e suas constantes mudanças com a evolução da tecnologia

Khalil Santos
postado em 01/07/2023 03:55
 (crédito: Reprodução/Pevepê)
(crédito: Reprodução/Pevepê)

O novo episódio do Pevepê traz a participação especial de Tony Ventura, especialista em tecnologia que veio discutir e conversar sobre as novas, as velhas e, principalmente, as curiosas tecnologias que rondam o mundo dos jogos.

Uma exemplo de como os videogames se desenvolveram rápido – assim como a tecnologia em geral – é imaginar que em novembro deste ano o Super Nintendo completa 33 anos de lançamento. Basta olhar a evolução gráfica do console da gigante japonesa, para qualquer smartphone hoje, tendo em vista que o aparelho só contava com 128 Kb de RAM, ou seja, menos que o celular mais barato no mercado atualmente.

A rápida evolução dos consoles deixam os jogadores maravilhados, com os gráficos chegando quase ao ponto máximo de ser confundido com a realidade. Em abril deste ano, Unrecord foi apresentado ao mundo, um dos primeiros jogos desenvolvidos na Unreal Engine 5, um motor gráfico poderoso capaz de mimetizar luz e ambientação como nenhum outro já visto.

O trailer apresenta um jogo de tiro em primeira pessoa que mostra a perspectiva da uma câmera de um policial em ação, apenas com essa pequena gameplay do jogo, a internet já ficou surpresa com o quão impressionante Unrecord é graficamente. Essas e outras evoluções no mundo dos jogos só foram possíveis com a evolução de hardware, possibilitado pelo desenvolvimento tecnológico das últimas décadas. Hoje em dia existem diversas formas diferentes e inovadoras de se jogar, e listamos algumas bem curiosas que envolvem o mundo tech:

Cloud Gaming

Essa forma de jogo vem emergindo desde o começo dos anos 2000 com tentativas de criar um serviço que não usasse o hardware do usuário para rodar os jogos e sim um servidor externo, que – em teoria – possibilitaria que o jogo fosse executado sem delay de botões ou queda frames – quadros do jogo.

Recentemente, tivemos o fechamento do serviço do Google de streaming, o Stadia, que após inúmeras reclamações de performance foi descontinuado pela empresa no início de 2023. Por outro lado, a Microsoft, dona do Xbox, tem se saído bem com o Cloud Gaming e firmou parceria com a Samsung e os modelos 4K da marca já possuem o aplicativo de streaming de jogos.

Assim como a Microsoft, a NVIDIA – a mais famosa produtora de placas de vídeo para computador – também tem um serviço de streaming disponível para os modelos mais recentes de smart TV, o GeForce Now. Esse interesse da indústria no mundo do Cloud Gaming mostra o esforço para desatrelar o videogame do console de mesa e até mesmo do PC, assim como há alguns anos ocorre no mundo da música e do cinema, que hoje já habita mais o digital que a mídia física.

Realidade Virtual

Os óculos de realidade virtual proporcionam experiências imersivas, seja elas quais forem, já que existe um par de telas ligadas aos olhos do indivíduo. Há décadas atrás a Nintendo até lançou um console chamado Virtual Boy, com intenção de surfar na moda do tema “realidade virtual” nos anos 90, porém o console era um “portátil”, não passava de um óculos gigante apoiado em um tripé, que vinha junto a um controle.

Para o console não custar tanto durante a produção foi utilizado apenas duas cores em no visor, vermelho e preto, e segundo os jogadores era possível jogar o Virtual Boy apoiado em cima de uma mesa. A própria Nintendo recomendava que não se jogasse no Virtual Boy por muito tempo, já que longas jogatinas podiam causar enxaquecas ou dores de cabeça, era orientado uma pausa de 15 a 20 minutos para evitar tais problemas.

Com a evolução da tecnologia, diversas companhias de jogos querem o próprio aparelho de realidade virtual, a Sony lançou esse ano o PlayStation VR2, uma versão melhorada do equipamento lançado na era do PlayStation 4 que permite jogar – alguns – jogos em realidade virtual, sendo esse kit, com dois controles de movimento e o óculos da Sony. A Microsoft também se desenvolve para essa área da realidade virtual com o Holo Lens 2, que inicialmente tinha a pretensão de ser um equipamento a mais para o mundo dos jogos, mas que acabou atendendo outros espaços da indústria tecnológica, sendo utilizado em engenharia, saúde e até educação.

Realidade Aumentada

Para evitar o contato direto com os olhos, a realidade aumentada prefere colocar o mundo digital por uma tela, foi muito utilizado na época em que as câmeras começaram a ser implementadas nos consoles. Os portáteis foram os videogames que mais receberam jogos com realidade aumentada, que faziam questão de mostrar os modelos gerados nas superfícies dos objetos capturados pela câmera do aparelho. O ápice dessa tecnologia foi o lançamento de Pokémon GO, que incluía os bichinhos no mundo real através da câmera do celular, além de utilizar de forma super eficiente o GPS do aparelho, o jogo ainda fazia questão de colocar Pikachu e companhia para aparecerem nas ruas do mundo através da realidade aumentada.

Controle de Movimento

A mais famosa vertente dessa tecnologia certamente foi o Kinect, um aparelho desenvolvido para o Xbox 360, que prometia jogar sem utilizar um controle nas mãos, e realmente funcionava, sendo uma febre com o jogo Kinect Adventures. Mas um marco forte nessa onda foram os jogos de dança, desde Zumba ao mais famoso título do gênero, Just Dance, que tem continuações até hoje e ainda mantém sucesso.

Console de mesa mais vendido da Nintendo, o Wii aderiu à tecnologia de movimento de cabeça, sendo de longe o diferencial do videogame, como jogos próprios para a tecnologia, além de utilizado em 100% da navegação pelo sistema do console.

Veja o episódio desta semana do Pevepê:

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