Mesmo quem não é fã da cantora Taylor Swift certamente ouviu falar dela nos últimos 10 dias. Desde que a artista americana anunciou que traria sua bem-sucedida turnê The Eras Tour para o Brasil, o nome dela está entre os comentados nas redes sociais.
As apresentações da cantora serão em novembro e agora com mais datas - no Rio (dias 18 e 19, no Engenhão) e em São Paulo (dias 24, 25 e 26, no Allianz Parque) -, mas a procura pela pré-venda dos ingressos começou a agitar os fãs muito tempo antes - e as reservas para clientes de um banco se esgotaram em menos de uma hora. Ontem, aconteceram as vendas abertas, que geraram muita confusão: os lugares acabaram em apenas 10 minutos para a maioria dos setores.
Taylor, um dos fenômenos pop da atualidade, tinha programado vir ao Brasil para seu primeiro grande show em 2020, mas a pandemia de covid-19 fez com que tudo fosse cancelado, para a frustração geral dos fãs brasileiros - e isso explica, também, a grande comoção pela procura por ingressos, que chegou a ter mais de 1 milhão de dispositivos conectados assim que a pré-venda foi aberta na sexta, dia 9.
The Eras Tour é a sexta turnê de Taylor. Foi anunciada em novembro de 2022, em um momento em que, enfim, o mundo já estava em segurança, depois das restrições impostas pelas autoridades para combater o coronavírus. Quando comunicou aos fãs que finalmente voltaria às grandes apresentações, Taylor definiu a nova turnê como "uma jornada por todas as eras musicais de sua carreira". O show tem duração de cerca de três horas.
INÉDITOS
Taylor, de 33 anos, tem dez álbuns de estúdio. Três deles, Lover (2019), Folklore (2020) e Evermore (2020), além do mais recente, Midnights (2022), não foram ainda mostrados nos palcos. Do último álbum, ela emplacou pelo menos dois sucessos, Anti-Hero e Bejeweled. Como de hábito, as canções falam de experiências pessoais da cantora, algo marcante em sua obra, e capaz de gerar identificação imediata com o público.
Entretanto, como um ídolo pop não se faz apenas de álbuns e as mensagens contidas neles, é preciso considerar toda a trajetória de Taylor para entender por que ela é uma cantora capaz de, com uma única turnê, a Eras Tour, faturar, segundo a Forbes, até US$ 1,5 bilhão (R$ 7,6 bilhões) nas 52 datas de apresentação previstas na agenda.
Nascida no Estado da Pensilvânia, Taylor, aos 14 anos de idade, se tornou a artista mais jovem a fechar um contrato com a gravadora Sony Music. Seu primeiro álbum foi lançado dois anos depois, em 2006, e levou apenas seu nome. O lançamento, que já trazia letras assinadas pela cantora, vendeu mais de 1 milhão de cópias.
Taylor, então, se tornou uma estrela. Em seu segundo álbum, Fearless, de 2008, ela introduziu elementos da música country, gênero que sempre admirou e, nos seus tempos de colégio, lhe custou suportar o bullying dos colegas na escola. Ela também já disse que, no passado, era alvo de brincadeiras por sempre afirmar que queria ser uma cantora de sucesso.
Foi a partir desse lançamento que ela passou a ser reconhecida ao redor do mundo, o que a levou a apresentar a turnê de Fearless no Reino Unido, Japão e Austrália. E ela própria assumiu as rédeas de sua carreira já aos 19 anos, administrando toda a turnê. Com o álbum, faturou quatro prêmios Grammy.
NO CINEMA
Como uma cantora pop também precisa estar em mais de uma plataforma, Taylor fez sua estreia nos cinemas em 2009 no filme Idas e Vindas do Amor e, logo em seguida, no sucesso Hannah Montana - O Filme. A cantora ainda participaria de produções como Valentines Day e Cats. Taylor também lançou produções em que era protagonista na música, como os filmes de sua turnê.
O álbum seguinte, Speak Now (2010), deu à artista o reconhecimento de seus pares. Nomes como T.I., Usher, Nicki Minaj, Hayley Williams, Kenny Chesney, Selena Gomez e Tim McGraw dividiram o palco com ela na turnê que teve faturamento US$ 100 milhões - um valor que só foi superado pela histórica turnê 360º, realizada pelo U2.
Números impressionantes como esse se repetem até hoje na carreira da artista. Recentemente, a revista Forbes divulgou a lista das mulheres mais ricas dos EUA. Na música, Rihanna e Taylor se destacam com os maiores patrimônios.
Taylor chegou a ultrapassar Madonna, que figura em terceiro lugar. Ela pulou de 48º para 34º no ranking geral, com um aumento de US$ 170 milhões no seu patrimônio, que atualmente vale US$ 740 milhões.
Segundo a revista, o aumento das vendas da turnê The Eras, que passará pelo Brasil em novembro, e o lançamento do disco Midnights em outubro de 2022, contribuíram para a escalada da cantora no ranking.
ROTEIROS
A cada álbum que lança, Taylor faz questão de criar um contexto diferente, seja no roteiro das letras, na identidade visual dos videoclipes ou no seu visual nos palcos. É uma cantora para ser vista e não apenas ouvida - isso não é algo novo na indústria da música, mas ela o faz com propriedade e com direta comunicação com seus fãs.
Se o jogo de cena que Madonna fazia nos palcos parecia distante da realidade do público em geral, o de Taylor parece tocar fundo no coração de seus milhões de fãs.
Um exemplo é a canção Anti-Hero, sucesso absoluto de seu mais recente álbum, em que ela dialoga com seus monstros, como pensamentos intrusos que a visitam de madrugada -, algo totalmente plausível dentro de um mundo em que os transtornos mentais afetam grande parte da população. Inclusive os mais jovens, que formam grande parte do fã-clube da cantora.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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