Morreu o compositor e presidente de honra da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, Hélio Rodrigues Neves, nesta quinta-feira (8/6), aos 87 anos.
Conhecido como Hélio Turco, o sambista é considerado o maior vencedor de sambas-enredo da história da Mangueira, com 16 composições premiadas, sendo que seis delas conquistaram títulos do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro.
A morte do compositor foi anunciada pela agremiação por meio das redes sociais, que lamentou a perda. O perfil oficial de Hélio também publicou o falecimento. "Acreditamos que nosso mestre está em um lugar melhor, longe de todo sofrimento e é isso que nos conforta, foram 87 anos muito bem vividos, e de um legado que vai ficar pra sempre em nossos corações!", diz a legenda da publicação que traz uma foto do Turco em preto e branco.
O sepultamento de Hélio Turco será nesta sexta-feira (9/6), no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul, às 10h30. O velório terá início às 8h.
História
Hélio Rodrigues Neves nasceu em 15 de novembro de 1935, no Grajaú, na Zona Norte do Rio de Janeiro, mas mudou-se com dois anos para o morro da Mangueira. Iniciou a vida artística na ala de compositores da escola de samba em 1957.
Em 1959, o samba Brasil Através dos Tempos em parceria com Pelado e Cícero, foi para avenida e conquistou o terceiro lugar da disputa. No ano seguinte veio a primeira vitória, com o samba Carnaval de Todos os Tempos.
Em 1961, conquistou o bicampeonato com Recordações do Rio Antigo. E foi campeão novamente em 1968, com Samba, Festa de Um Povo. A quarta vitória veio em 1984 com Yes, Nós Temos Braguinha.
Em 1988, um de seus maiores sucessos, 100 anos de Liberdade, Realidade ou Ilusão, tornou-se o hino oficial do Dia Nacional da Consciência Negra no Estado do Rio de Janeiro.
Em 1992, Hélio Turco lançou seu último samba, Se Todos Fossem Iguais a Você, em homenagem a Tom Jobim.