Françoise Gilot, pintora e ex-mulher de Picasso e mãe de dois filhos do pintor, morreu nesta terça-feira (6/6), em um hospital em Nova York, aos 101 anos. A francesa, que era 40 anos mais nova que o cubista, conheceu Pablo Picasso em 1943 e foi casada com ele até 1953.
O anúncio da morte foi dado ao jornal The New York Times pela filha de Françoise, Aurelia Engel. Segundo ela, a mãe sofria de problemas do pulmão e do coração.
Françoise Gilot já era pintora quando conheceu Picasso e continuou pintando após a separação, apesar de o artista ter dito que ninguém se interessaria por ela a não ser pelo fato de que ela tinha alguma ligação com ele.
No entanto, a francesa continuou a apostar na carreira e chegou a fazer sucesso, sobretudo nos Estados Unidos, para onde se mudou. Em 2021, um de seus quadros, Paloma à la guitarre, pintado em 1965, foi vendido por US$ 1,3 milhão em leilão da Sotheby’s e, no mesmo ano, outra obra, Living forest, foi vendida pelo mesmo valor em um leilão da Christie’s em Hong Kong.
Nos anos 1970, ela se casou com o médico Jonas Salk, um dos pesquisadores responsáveis por criar a vacina da poliomielite.
Françoise Gilot também escreveu um livro sobre o relacionamento com o cubista espanhol. Em Life with Picasso (“Vida com Picasso”, em tradução livre), que ela assina com o crítico Carlton Lake, a década passada ao lado do artista é revisitada e narrada sem evitar as polêmicas. Pablo Picasso não gostou e chegou a romper com a ex-mulher e com os filhos, Paloma e Claude.
O livro rendeu o roteiro do filme Os amores de Picasso, com Anthony Hopkins no papel do artista. Françoise também escreveu outros livros como Matisse e Picasso e O olhar e sua máscara.