FANÁTICOS

Fãs de Taylor Swift encaram chuva e assalto em acampamento no Allianz

"Cheguei aqui quando surgiu o primeiro boato de que ela anunciaria o show, em janeiro. Mas cansamos porque não saía nada oficial e fomos embora em março. Quando os rumores voltaram esta semana, voltei com a barraca"

Desde janeiro, Jéssica Araújo, de 29 anos, tem trocado o aconchego e o calor do seu lar no bairro do Grajaú, zona sul de São Paulo, pela calçada fria, suja e por vezes molhada do Allianz Parque, zona oeste paulistana, onde montou sua barraca. Não, ela não fugiu nem foi expulsa de casa. A morada "ocasional" na rua é um esforço espontâneo que a designer mantém para garantir o primeiro lugar da fila que dará acesso aos ingressos e a disputada "grade" para o primeiro show de Taylor Swift no Brasil, marcado apenas para novembro.

"Cheguei aqui quando surgiu o primeiro boato de que ela anunciaria o show, em janeiro. Mas cansamos porque não saía nada oficial e fomos embora em março. Quando os rumores voltaram esta semana, voltei com a barraca", conta Jéssica, "swiftie" (como são chamados os fãs de Taylor) que desde a quinta, dia 1.º, tem se revezado com outras 44 pessoas para manter o espaço guardado.

Na tarde de sábado, 3, Jéssica dividia o turno com a irmã, Larissa de Arra, de 22 anos, e as amigas Letícia Costa e Nathalia Eloiza, de 23 e 22, enquanto passavam o tempo com uma partida de Uno regada a chá gelado sem açúcar e salgadinhos.

Ao longo da semana, as meninas enfrentaram chuva e uma delas teve o celular roubado no turno da noite. Para ir ao banheiro, recorrem ao Shopping Bourbon ou ao posto de gasolina, na madrugada. Quando precisam acordar e ir direto para o trabalho, tomam banho em um hotel da rua Clélia, onde pagam de R$ 20 a R$ 30 pelo uso do chuveiro. "Cansa, viu? Se tem uma coisa que estamos é cansadas", conta Jéssica.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.