São João

Mala Véia vence 1ª etapa do grupo de acesso no circuito de quadrilhas do DF

Em segundo e terceiro lugar ficaram as juninas Caipirada e Fornalha, respectivamente. A segunda etapa começa nesta sexta-feira (23/6), no estacionamento da Administração Regional do Paranoá, a partir das 19h

Samuel Calado
postado em 23/06/2023 18:25 / atualizado em 26/06/2023 09:35
 (crédito: Marcello Cândido / Linqdfe )
(crédito: Marcello Cândido / Linqdfe )

A quadrilha junina Mala Véia, da Ceilândia, venceu a categoria de acesso na primeira etapa do tradicional Circuito da Liga de Quadrilhas Juninas do Distrito Federal e Entorno (Linqdfe). O resultado foi divulgado na noite do último domingo (18/06), no estacionamento do estádio Serejão, em Taguatinga. O grupo apresentou o espetáculo Capitães da areia, inspirado na obra do escritor baiano Jorge Amado.

Em segundo e terceiro lugar ficaram as juninas Caipirada e Fornalha, respectivamente. A disputa continua neste final de semana, dias 23, 24 e 25 de junho, na praça da Administração Regional do Paranoá, a partir das 19h. A entrada é gratuita.

A Mala Véia é a quadrilha mais antiga em atividade do Distrito Federal, com aproximadamente 100 pessoas no grupo. Foi também a primeira junina a conquistar o título de campeã nacional, em 2006, com o espetáculo O auto da Compadecida, inspirado na obra do escritor paraibano Ariano Suassuna. O grupo foi criado em 1980 por um grupo de nordestinos que decidiram promover a cultura popular na Região Administrativa. O nome da junina se deu em homenagem ao fundador pernambucano “Mala Véia”, falecido em 1983.

  • Quadrilha Junina Mala Véia Marcello Cândido / Linqdfe
  • Quadrilha Junina Mala Véia Marcello Cândido / Linqdfe

Com a vitória na primeira etapa, a junina sinaliza a possibilidade de recolocação entre as campeãs do Distrito Federal. O tema escolhido deste ano teve como campo de estudo o trabalho realizado com os jovens em vulnerabilidade que são atendidos nas unidades de acompanhamento sociocultural da Ceilândia. “Conta muito a história de pessoas em situação de rua. Sou assistente social em formação e trabalho diretamente com pessoas em vulnerabilidade. Isso representa vivência cotidiana de transformação”, revela Stéfano Felipe Silva Borges, que atua como assistente social em unidades de saúde da região.

Para o marcador da Junina Caipirada, Francisco das Chagas dos Santos, popularmente conhecido como Chacal, conquistar o segundo lugar deu um estímulo aos componentes, principalmente este ano que a quadrilha está com elenco renovado. “Tivemos um grande impacto durante a pandemia e acho que foi geral. Temos 80% de pessoas novas, que nunca dançaram quadrilha. Foi uma experiência nova para muitos. Foi uma felicidade enorme e estamos felizes com o resultado. Esperamos continuar com bom resultado e elevar a Caipirada para o grupo especial”. O grupo, que é de Planaltina de Goiás, apresentou o espetáculo “Dia de caipira em uma noite de São João”.

O terceiro lugar ficou com a junina evangélica Fornalha com a encenação A Caminhada. O grupo é o segundo do segmento gospel no movimento junino do DF e entorno e trouxe um enredo com mensagem de amor para curar os medos e as inquietudes por meio da dança. “Foi muito emocionante para nós essa conquista do terceiro lugar, isso mostra o nosso empenho para conquistar as primeiras posições, mas o terceiro lugar é consequência do que fizemos para Deus dentro do arraiá e toda glória seja dada a Ele”, disse o marcador do grupo, Michael Moraes. 

Confira a colocação geral das quadrilhas do grupo de acesso

1. Mala Véia - 298,4
2. Caipirada - 297,5
3. Fornalha - 296,0
4. Tico Tico no Fubá - 295,8
5. Xique Xique - 294,1
6. Oxente Vixe - 292,3
7. Vai mas não vai - 288,0

A vencedora do circuito na categoria de acesso, além de se consagrar campeã do grupo, terá a oportunidade de competir entre as juninas do grupo especial no próximo ano. O circuito tem parceria com a Secretaria de Cultura e Economia do Distrito Federal (SECEC-DF) e conta com recursos provenientes de emendas parlamentares. “Acreditamos que a liga tem uma grande importância no cenário cultural do DF. Este ano, ela completa 23 anos de história. São 23 anos de história e de circuitos ininterruptos. Uma instituição consolidada e sólida. A gente acredita que o evento agrega muito o cenário cultural do DF, dentro de um dos maiores movimentos culturais do DF e movimenta uma grande cadeia produtiva”, conta Márcio Nunes, presidente da liga.

Assista às apresentações na íntegra 

 

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