A cantora, instrumentista e compositora mineira Nádia Campos se apresenta em Brasília, na próxima terça-feira (6/6), às 20h, no Feitiço das Artes (SCLN 306). Neste concerto, a artista exibe um compilado de canções autorais, da cultura popular e interpretações de músicas brasileiras e latino-americana. Os ingressos antecipados custam R$25 e podem ser adquiridos no link. Na quinta-feira (8/6), feriado de Corpus Christi, Nádia faz show em Pirenópolis, no 'Sarau da Cabocla'.
Não é a primeira vez que Brasília é palco para o talento da cantora. Ela também marcou presença no 'Encontro dos Povos do Cerrado' e no 'Circuito Dandô', em 2014 e 2016, respectivamente. Nádia não esconde o carinho que sente pela capital. “O público de Brasília é diverso no sentido de ter pessoas de várias partes do país. Isso se parece muito com a música que faço. Apesar de ser mineira e de ter muito da musicalidade de Minas no meu trabalho, também tem muito do Brasil profundo e da América Latina. Amo a música popular nordestina, as manifestações, seus ritmos. Brasília tem este tempero, de Brasil como um todo”, diz.
A trajetória da artista começou cedo, aos 9 anos, incitada pelo gosto na música caipira e pela terra, como todo sertanejo. Ainda criança, Nádia participava de festivais de música e participou do disco infantil 'Enrola Bola', do músico mineiro Rubinho do Vale. Chegou a subir ao palco e cantar ao lado de Ivete Sangalo, que fazia uma apresentação em Betim (MG) — um tremendo incentivo para a jovem compositora em formação. “A arte é ponte para o impalpável, âncora da subjetividade do mundo. Arte é identidade, pertencimento. É expressão, troca. É o que nos faz humanos”, diz Nádia.
A cantora também desenvolveu fascínio pelas manifestações da cultura popular ao vivenciar e se envolver ativamente em eventos como congadas, batuques e encontros com cantadores na Serra do Cipó, localizada em Minas Gerais. Ela expandiu horizontes para além das fronteiras do Brasil e teve a oportunidade de participar do encontro Guitarra de Américas, em Santiago, no Chile.
Em 2008, Nádia Campos gravou o primeiro álbum, Por que Cantamos, inspirado no poema do uruguaio Mario Benedetti. O disco traz canções autorais, populares tradicionais e releituras. O ano era 2013 quando a artista lançou Cantigas de Beira Rio, cujo tema gira em torno das águas: rios, mares e ribeirinhos. A maioria das canções foram feitas em parceria com João Bá e contém ritmos tradicionais brasileiros e uma cueca chilena.
O mais recente álbum foi lançado em 2021, intitulado Luz Peregrina. As 14 faixas retratam as raízes da artista: um encontro lusófono com influência moura, africana e indígena. O disco explora as culturas, instrumentos e melodias da América Latina.
*Estagiária sob a supervisão de Patrick Selvatti