O Ministério Público de São Paulo (MPSP) instaurou, nesta terça-feira (30/5), um inquérito para apurar a presença de crianças e adolescentes em show da funkeira MC Pipokinha. De acordo com a notícia de fato encaminhada Secretaria da Justiça e Cidadania do estado, com representação do deputado estadual Guto Zacarias (União), a cantora realiza "shows de conotação sexual e obscena, ao som de músicas com letras de conteúdo pornográfico e performances eróticas", sem a classificação indicativa nos materiais de divulgação.
Para a promotora de Justiça Luciana Bergamo, apesar da garantia constitucional de direito à livre expressão da atividade artística, não é permitido violar direitos fundamentais de crianças e adolescentes, "que precisam ter acesso a informação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos, produtos e serviços que respeitem a sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento".
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A funkeira terá que explicar, no prazo de 15 dias, a entrada e permanência de crianças e adolescentes nos shows e também sobre a ausência de classificação indicativa. Além disso, ela deve indicar as empresas responsáveis pela venda dos ingressos das apresentações e as produtoras/realizadoras dos eventos.
Histórico de polêmicas
Na segunda-feira (29/5), a cantora causou polêmica ao baixar as calças dentro de avião da empresa GOL. Segundo a companhia aérea, são permitidas visitas supervisionadas à cabine para aproximar as pessoas do incrível universo da aviação, mas "que não há como prever atitudes repentinas como a da Cliente deste vídeo, que também foi surpreendida com o fato e que repudia atitudes desrespeitosas”.
A cantora MC Pipokinha, conhecida por performances sensuais, também viralizou por vídeos em que a funkeira recebe sexo oral de uma fã durante show, em março deste ano. No registro, ela aparece deitada no chão do palco, enquanto a fã pratica o ato sexual.