Em maio, a Globo irá estrear o podcast Rita Lee: Outra Autobiografia, inspirado no novo livro da cantora. A produção contará com participações de entrevistados e histórias inéditas, construída a partir de uma escuta sensível de personagens que habitam a autobiografia.
Liderados pela apresentadora Astrid Fontenelle e pelo jornalista e editor Guilherme Samora, a série em áudio terá cinco episódios, lançados semanalmente às segundas-feiras. O podcast é produzido em parceria com a Globo Livros e estará disponível na plataforma do Globoplay, com estreia marcada para esta segunda-feira (29/5).
Rita Lee: Outra Autobiografia carrega as marcas registradas da artista, que continua sendo um ícone da música brasileira. Em sua última batalha, Rita enfrentou um câncer no pulmão, diagnosticado em plena pandemia.
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No livro, a cantora não poupou detalhes de seu tratamento, e falou sobre a rotina, os avisos do universo e dos caminhos que a vida tomou. Entre idas e vindas ao Hospital Albert Einstein, Rita decidiu registrar o que estava vivendo, com o mesmo estilo desenvolvido para sua autobiografia, lançada em 2016.
"(...) quando decidi escrever Rita Lee: Uma autobiografia (2016), o livro marcava, de certo modo, uma despedida da persona ritalee, aquela dos palcos, uma vez que tinha me aposentado dos shows. Achei que nada mais tão digno de nota pudesse acontecer em minha vidinha besta. Mas é aquela velha história: enquanto a gente faz planos e acha que sabe de alguma coisa, Deus dá uma risadinha sarcástica”, comentou a autora sobre o lançamento do livro.
Morte da cantora
Rita Lee morreu no início de maio, aos 75 anos, em casa, localizada em São Paulo. A eterna rainha do rock deixou o marido, Roberto de Carvalho, e três filhos. Como um dos pilares da música brasileira, a artista foi uma musicista completa: além de cantora, era compositora, multi-instrumentista, atriz, escritora e ativista; e ainda poliglota — fluente em português, inglês, francês, castelhano e italiano.
Ganhou mais de 20 prêmios ao longo da carreira, incluindo dois Grammys (ao qual foi indicada por sete vezes): em 2001, venceu com o Melhor Álbum de Rock em Língua Portuguesa, por 3001; e, em 2022, pelo conjunto da obra, levou o Prêmio Excelência Musical da Academia Latina de Gravação.