Com o São João batendo na porta, os ensaios das quadrilhas juninas para as apresentações devem se intensificar nos próximos dias. Neste período, os grupos realizam os últimos ajustes para apresentar os grandiosos espetáculos nos circuitos e festivais. No domingo (21/5), a equipe de reportagem do Correio Braziliense foi até São Sebastião, no Distrito Federal, para conferir o ensaio aberto para a comunidade da Junina Formiga da Roça. O encontro contou com café da manhã regional e o ensaio.
- Confira a cobertura do Tradicional Circuito promovido pela Liga de Quadrilhas do DF e entorno
- Assista ao mini documentário sobre as quadrilhas juninas do DF e entorno
O presidente da Formiga, Ricardo Patrese, 38 anos, revelou que o grupo já está há sete meses trabalhando na produção do novo espetáculo. “Eu sinto uma emoção muito grande ao perceber que estamos próximos das festividades juninas. São meses de dedicação. A gente vai se emocionando porque a gente vai vendo que o processo de pré-produção está se encerrando começa agora o momento da gente deixar a história marcante na memória das pessoas”.
Com uma cadeia produtiva gigante, o movimento junino envolve diversos profissionais. Na área de música, o diretor musical Fábio Viana, 48, falou sobre a responsabilidade do grupo na performance da apresentação junina. “Sempre digo que a gente também dança e se emociona. A nossa dança é espiritual. O nosso espírito fica contagiado. A gente sente cada movimento e cada expressão dos quadrilheiros e tenta potencializar isso através das notas musicais”.
O casal Letícia de Oliveira, 20, e Diego Garcia, 19, vai estrear no movimento junino este ano. Para ele, dançar quadrilha representa a realização de um sonho. “Eu sempre acompanhei a Formiga da Roça e sempre tive vontade de dançar. Desde a época que eu era da igreja”. Já para Letícia, participar do movimento é expressar o amor pela cultura nordestina. “A gente se encanta com as histórias e se envolve. Na dança, o mais complicado são as formações, mas o coreógrafo vai passando bem tranquilo. Já bate um frio enorme na barriga”.
Enquanto o grupo apresentava, amigos, familiares e vizinhos assistiam atentos e tentavam registrar cada detalhe com o celular. “Foi maravilhoso! Se pudesse ficar o dia todo aqui, eu ficaria. Meu filho é marcador da quadrilha. Eu tenho muito orgulho em ver ele se apresentando e interpretando. Para mim a quadrilha representa tudo. Ela tira muitos jovens do caminho ruim e faz com que eles acreditem na cultura, disse a dona de casa, Maria das Dores Fernandes, 57.
Patrese reforçou que ainda dá tempo de entrar no grupo e participar dos espetáculos. “Sempre tem espaço para mais um. Acho muito difícil no período de uma semana a pessoa pegar todas as coreografias mas temos os bastidores, que também é bastante emocionante. O pessoal que trabalha com cenografia e produção. É uma responsabilidade imensa e uma excelente oportunidade para quem deseja mergulhar no movimento”.
Veja mais fotos do encontro
Assista ao vídeo com os melhores momentos do ensaio