MÚSICA

Em entrevista, Giulia Be fala sobre o álbum 'Disco voador'

Giulia Be conversou com o Correio sobre o primeiro álbum de estúdio, 'Disco voador'. A cantora também falou sobre ser uma das representantes do Brasil no Festival Internacional MEO Sudoeste, em Portugal

Davi Cruz*
postado em 29/05/2023 10:38
 (crédito: Lorena Dini/Divulgação)
(crédito: Lorena Dini/Divulgação)

Uma das principais vozes pop do país atualmente, Giulia Be lançou o primeiro álbum de estúdio em novembro de 2022, após vários hits emplacados na carreira da artista. A cantora soma 600 milhões de visualizações no YouTube, mais de 13 certificados — entre de ouro, platina e diamante — e cinco milhões de seguidores nas redes sociais. Intitulado Disco voador, o trabalho apresenta uma estética alienígena, interplanetária e com diversas referências à numerologia e aos astros.

A temática do projeto bebe de influências do Tropicalismo, com referências internacionais ressignificadas de um jeito brasileiro e moderno, com a essência da cantora. Giulia Be se inspirou na canção Não Identificado, primeira faixa do disco Gal Costa (1968), e que influenciou o título do trabalho, ao relacionar objetos futuristas e espaciais nas produções e nas letras.

O álbum é composto por 13 faixas e dividido em três partes. No Lado A-lien, a cantora apresenta ao público as músicas vibrantes, que se conectam com atmosferas marcianas, em uma melodia que conversa com o gênero disco club. Em seguida, o Lado B-E traz composições que representam um lado mais humano, sensível e pessoal de Giulia, com os títulos das composições em letra minúscula. Por último, o MULTIVERSO chega como um lado extra, composto por músicas em espanhol e inglês, que representam mais uma faceta da artista.

O ano de 2022 é considerado um grande marco trajetória de Giulia Be: além do álbum, a artista estreou como atriz ao protagonizar o filme Depois do Universo, da Netflix. O projeto conquistou o quinto lugar de filme mais assistido mundialmente entre todos os títulos da plataforma e o terceiro entre as produções de língua não-inglesa. O longa entrou para o Top 10 em mais de 47 países ao todo. 

Giulia Be também participará da 25ª edição do MEO Sudoeste Festival, um dos maiores festivais de Portugal que ocorre entre os dias 9 e 12 de agosto de 2023. A cantora se apresentará no dia 9 no Palco MEO, que receberá também outros grandes nomes da música internacional, como David Guetta e Nial Horan.

Entrevista // Giulia Be

Qual o sentimento de representar o país no Festival Internacional MEO Sudoeste em Portugal?

Estou muito feliz e extremamente grata pelo MEO ter feito esse convite para mim. Estou me planejando para poder chegar lá e arrasar com tudo. Eu tenho uma conexão absurda com Portugal, tenho um carinho enorme com os meus fãs de lá e estou devendo o meu melhor show possível para eles. Essa turnê em Portugal vai cair muito perto do meu aniversário, então vou comemorar com essas pessoas e não poderia ser mais especial para mim. Eu tenho certeza que em algum lugar a minha versão criança, está surtando e muito feliz.

 

Esse novo lançamento fala sobre questões amorosas, carinho e afeto. Para você do ponto de vista musical a forma de amar mudou?

O amor paira por todo o meu trabalho, desde que eu me entendo por gente. Eu trabalho com esse sentimento e com a tradução dele de todas as formas. Sou muito fascinada pelo sentimento do amor em geral e estou cada vez mais tentando entender ele. Acho que foi por isso que Deus me colocou no mundo, fazer o exercício de empatia, pegar algumas histórias emprestadas, contar e traduzir esses sentimentos, inclusive o amor. Matching tattoo é um reflexo desse amor inicial, era o sentimento de quando eu estava me apaixonando. Foi uma homenagem que fiz para o meu namorado, nós gravamos o clipe e foi algo muito importante para gente.

 

Como foi para você o processo de construção da sua personagem lúpica? Você esperava todo o sucesso do filme?

Eu fiz a Nina para contar a histórias de pessoas com lúpus. Desde o começo tínhamos noção que seria a primeira protagonista com lúpus na história do cinema. Esse fato tinha tanta importância e tanto peso que eu pensei: "Não posso fazer isso do jeito errado". Por conta disso, nós fizemos uma pesquisa super extensa, na qual passei 2 meses me preparando e conversando com diversas pacientes de hemodiálise. Eu enxergava a Nina como uma inspiração, em qualquer momento do meu dia que eu pensava não conseguir fazer algo, eu olhava pro roteiro e via que a Nina conseguia. Ela era uma mulher que eu estava sempre querendo ser igual, não só pela vontade, mas também pela resiliência e maneira de enxergar o mundo. Eu voltei a fazer aula de piano e é diferente da preparação do Pop, o piano clássico você precisa ter uma certa postura e uma elegância. Isso melhorou até mesmo a minha habilidade de tocar piano, poder estudar Chopin e Beethoven foi um sonho. Acima de tudo eu sempre tive tanto respeito e amor por essa profissão, eu olhava de longe admirando tanto, afinal eu tenho muitos ídolos na minha vida que são atores e atrizes. Eu me apaixonei por esse universo do cinema e ainda quero fazer muitos outros personagens. A Nina vai pra sempre estar em mim sem querer fazer piada, mas já fazendo.

 

O público da capital pode esperar um show especial este ano?

Eu não me chamo GB se eu não tiver por aí. Morei em Brasília dos 4 aos 6 anos e tenho vários amigos na cidade, além de muitas aventuras no Lago, não temos mar, mas temos Lago. Estou muito feliz de poder voltar aí, sempre recebo muitas mensagens perguntando quando eu irei para a Brasília. Então pode ter certeza que em breve estarei por aí.

O seu álbum é intitulado disco voador, você acredita em aliens? De fato este álbum está tão bom que é de outro mundo?

Ele é uma viagem pra outro mundo, é literalmente uma nave espacial em direção a outro mundo. Eu acredito em aliens, seria muita pretensão da nossa parte acreditar que estamos aqui nesse mundão sozinhos. Com certeza tem coisa além da gente eu duvido muito que não haja. Além disso, sempre foi uma temática que me fascinou, desde pequena eu olho pro céu e fico com saudade de casa. Acho que já vim de lá em outra vida, talvez eu seja uma alien quem sabe.

 

*Estagiário sob supervisão de Severino Francisco

 

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