Debate

UnB promove roda de conversa sobre destino da Fundação Cinememória

O debate girou em torno da preservação de obras cinematográficas e contou com a participação do presidente do Iphan e do cineasta Vladimir Carvalho

Correio Braziliense
postado em 25/05/2023 11:03
 (crédito: Divulgação)
(crédito: Divulgação)

Na manhã desta quarta-feira (24/5), na Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB), uma roda de conversa debateu possibilidades de acolhimento da Fundação Cinememória. O projeto é idealizado pelo cineasta Vladimir Carvalho para preservação de itens históricos do cinema brasiliense e nacional.

Carvalho relembrou parte de sua história no cinema e na preservação de materiais históricos. Hoje, os itens estão armazenados na casa do cineasta na Asa Sul, contudo, se encontram ameaçados, pois o espaço é inadequado, o que dificulta sua preservação. "O filme mais difícil da minha lavra tem sido a ampliação da cinememória num projeto de cinemateca em Brasília", afirmou.

O ex-reitor da UnB José Geraldo de Sousa Júnior, primeiro a ser contatado para a doação do material, também marcou presença. Para ele, a iniciativa é de suma importância para a capital, o cinema e a universidade. "Não é só uma obra do Vladimir, é uma obra que representa uma era. É parte da história da UnB também", ressaltou.

Em sua fala, o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, destacou a importância da preservação do acervo guardado por Vladimir Carvalho. Ele também sinalizou apoio do Instituto à iniciativa. "Vamos fazer um pedido à secretaria de audiovisual do Ministério da Cultura, junto com a Agência Nacional do Cinema (Ancine), para tratarmos desse assunto e ver de que forma podemos apoiar institucionalmente a preservação desse acervo e o desenrolar de novas possibilidades", informou.

O secretário de Cultura do DF, Bartolomeu Rodrigues, ressaltou que as condições para o acolhimento do acervo pelo governo local não é ideal, por falta de espaço adequado. Uma possível solução apontada foi que o conjunto de livros do acervo fosse armazenado na Biblioteca Nacional. "Pegar os livros e levar para a biblioteca nacional. Com isso, faríamos uma desocupação parcial do cinememória. Forma de dar visibilidade ao acervo e acesso ao público", sugeriu.

Por fim, professores e alunos de diversos departamentos que prestigiaram o evento deram sugestões para a acomodação do acervo. Os comentários foram direcionados para possibilidades como digitalização do acervo e participação da FAC-UnB no cinememória.

 

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