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Estreia do C6 Fest traz Jon Batiste, Kraftwerk, Atkins e muito mais

Model 500, Kraftwerk e Jon Batiste foram os destaques do segundo dia de festival em São Paulo

Caetano Mota*
postado em 21/05/2023 10:35 / atualizado em 21/05/2023 11:08
 (crédito: Caetano Mota/CB/D.A.Press)
(crédito: Caetano Mota/CB/D.A.Press)

São Paulo - Entre 1985 e 2001, o Free Jazz Festival fez história no Brasil. O público teve o privilégio de presenciar shows de artistas nacionais e internacionais de importância ímpar para o percurso da música contemporânea. Agora, o Correio foi convidado para conhecer o evento sucessor ao festival, também criado pela Dueto Produções, o C6 Fest.

O evento, que acontece entre os dias 18 e 20 de maio, no Rio de Janeiro, e entre 19 e 21 do mesmo mês, em São Paulo, é realizado pelo banco digital C6. Com um line-up ousado, 80% dos nomes internacionais tocam pela primeira vez em solo brasileiro.

Na capital de São Paulo, as apresentações são sediadas no parque Ibirapuera. Dividido em quatro palcos, o público pode desfrutar de shows em áreas internas (tenda Heineken), externas (MetLife e pacubra) e, no domingo (21/5), no Auditório Ibirapuera, criado pelo arquiteto Oscar Niemeyer.

  • O camaronês Blick Bassy iniciou os shows de sábado. Caetano Mota/CB/D.A.Press
  • Ao lado do Obelisco de São Paulo, o público se prepara para a apresentação do Model 500 na área externa do festival. Caetano Mota/CB/D.A.Press
  • Jon Batiste e Lia do Itamaracá. Caetano Mota/CB/D.A.Press
  • Model 500. Caetano Mota/CB/D.A.Press
  • Kraftwerk. Caetano Mota/CB/D.A.Press

Resumo dos shows - Sábado (20/5)

Na plateia externa, o Model 500 enlaçou o passado, presente e futuro com a divisa do projeto, o Techno. Capitaneado por Juan Atkins, o show agitou a audiência, sucedido por Atkins, que agradeceu o público alternando as palavras “techno” com “thank you”.

Se Model 500 lembrou um filme de ficção científica, os alemães do Kraftwerk foram os diretores do longa. Os pioneiros da música eletrônica tocaram, com trajes luminosos e coloridos, seus maiores sucessos para os fãs fervorosos do festival. No telão, Kraftwerk complementou a imersão no “computer world” da banda, com animações que variavam de hardwares de computadores até a uma nave espacial contornando São Paulo. Esta foi a quinta passagem do grupo cinquentenário pelo Brasil.

Mesmo com tanta animação, será difícil alguma outra apresentação superar a de Jon Batiste. O show energético e carismático do multi-instrumentista encarnou toda a essência do festival: emoção, diversidade e requinte. No palco, todos os integrantes da banda são estrelas por si só e, quando a voz, dança, percussão, saxofones, guitarras, e piano brilham juntos, a música atinge seu ápice. O cantor, que ficou conhecido por conduzir a banda Stay Human, no programa de televisão 'The Late Show with Stephen Colbert', ganhou, em 2021, o Grammy de Álbum do Ano pelo disco 'We are'.

Por fim, durante o espetáculo, Batiste celebrou a música negra e deixou claro seu amor pela cultura do Brasil. Diversos brasileiros estiveram presentes na formação da banda e o show ainda recebeu a ilustre cirandeira Lia de Itamaracá, que cantou, ao lado de Jon, canções como 'Janaína' e 'Eu vi mamãe oxum na cachoeira'.

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