Franquia Velozes & furiosos chega ao 10° filme com vocação de se estender

Previsto inicialmente como capítulo de conclusão da franquia Velozes & furiosos, o décimo filme estrelado por Vin Diesel, revela a vocação de se estender, agora tendo Jason Momoa como antagonista

Ricardo Daehn

postado em 18/05/2023 09:00 / atualizado em 18/05/2023 09:09

Velozes & furiosos 10: constante explosão, até nas bilheterias - (crédito: Universal/Divulgação)

 

Um conceito de videogame embala a mais gráfica cena de corrida que tanto deleita os mais apegados fãs da franquia Velozes & furiosos, iniciada em 2001 e que, hoje, bate à casa das 10 continuações, numa das mais esperadas estreias nas salas de cinema. Numa escadaria interminável, uma enorme bola incandescente quica, em turísticos cenários da ensolarada Itália, enquanto paira a dúvida: ao volante, Dom Toretto (Vin Diesel) teria a habilidade suficiente para salvar inocentes, nos arredores do rio Tibre, ameaçando o Vaticano?

De braços abertos, entre um mar de explosões, o vilanesco personagem de Jason Momoa, Dante Reyes, posa de rei entre os oponentes que cultuam carros e enquadram criminosos. A décima aventura da franquia, desta vez vem comandada por Louis Letterrier, francês que dirigiu Truque de mestre, a série Lupin e o remake de Fúria de Titãs. Não temer a pisada no ridículo é mérito do cineasta, que tem uma gama de quase 15 personagens para ordenar, numa trama que alcança os Estados Unidos, Grã-Bretanha, Antártida, Portugal e Brasil — OK, um Brasil não tão brasileiro, mais para gringo ver.

O novo Velozes & furiosos vem com gosto de ressaca da quinta aventura, de 2011, batizada como Operação Rio. Dante deixa claro que tem por combustível a vingança, diante da morte de Hernan Reyes, ninguém menos do que o pai dele. Visto pelo pai como alguém dono de enorme potencial, Dante, por outros, é tido como monstro. Num retrospecto de ações cariocas, com direito a viaturas das polícia Militar e Civil, e até retorno do personagem de Paul Walker (morto em 2013), o novo pega o fio da meada — tudo bem que numa constrangedora cena de corre-corre em que um enorme cofre, chacoalhando em pistas de carros, ganhe a relevância de protagonista.

A perseguição a Dom não demora a ter um alvo indireto: a família dele. Brian, ou B (o filho de Dom), interpretado por Leo Abelo Perry, passa a ser uma importante moeda de troca, num enredo em que mulheres importantes na vida de Dom e da chamada agência (agora comandada por Aimes, papel de Alan Ritchson) devem escolher lados para uma verdadeira guerra em curso. Letty (Michelle Rodriguez), Cipher (Charlize Theron) e a dupla de tias de B, formada por Mia (Jordana Brewster) e Isabel (Daniela Melchior), além das veteranas Helen Mirren e Rita Moreno, entram em cena.

Desde a visão de carros suspensos por pessoas, passando por uma emblemática personagem (que causa espanto generalizado, quando da aparição), Velozes & furiosos 10 — que, sim, vai gerar ao menos as anunciadas continuações 11 e 12 — expande cada vez mais a percepção de personagens que se aproximam das qualidades de super-heróis. O mérito grande de presença cênica vai para Charlize Theron que, com personagem ameaçada por tudo e todos, resiste em cenas espetaculares como a do elevador despencando. Faz ecoar a disposição dela, em Atômica, um grande sucesso de ação de 2017. "O inimigo do inimigo é você" é uma das frases de efeito que ficam de toda a trama, inflacionada de explosivos, que desfila em Velozes & furiosos 10.

 

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  Jason Momoa: vilão, na nova fita de ação Foto: Fotos: Universal/Divulgação
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  Michelle Rodriguez vive a sempre presente parceira de Dom Foto: Universal/Divulgação
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  Vin Diesel e Rita Moreno: em jogo, o legado de traços familiares Foto: Universal/Divulgação