A missa de sétimo dia da cantora Rita Lee foi celebrada no início da tarde desta (16/5) na capela São Paulo, São Pedro, na zona sul da cidade. A cerimônia foi acompanhada por cerca de 280 pessoas.
Estiveram presentes o viúvo de Rita, o músico Roberto de Carvalho, e seus três filhos, Antônio, João e Beto, além de parentes e fãs.
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Ao final da cerimônia, Roberto conversou rapidamente com a imprensa.
"Nos últimos dias, fomos atingidos por um tsunami de amor e carinho. E que gerou tudo isso foi meu amor, minha amada, que eu espero estar vendo tudo isso de onde estiver", disse o músico, bastante emocionado, e agradecendo aos fãs da cantora.
João Lee também lembrou os fãs. "Rita sempre fez tudo pensando nos fãs. Ela tinha adoração por eles", disse ao Estadão.
Virginia, irmã de Rita, aos 78 anos, fez questão de receber os cumprimentos de todos os presentes.
"Isso (falar com os fãs) sempre fez parte da minha vida também. E eles nunca erraram com a Rita", disse à reportagem.
O padre Marcelo Francisco Leite, escolhido pela família para presidir a cerimônia disse, ao chegar ao local, que sempre foi fã de Rita. Citou como música favorita a canção Ovelha Negra. "A obra de Rita é profunda porque Rita era uma mulher profunda, meditativa. Rita pode nos salvar nesses tempos difíceis", disse.
Durante a cerimônia, pontuada pelo canto gregoriano, a pedido da família da cantora, o religioso voltou a citar a canção Ovelha Negra. "Jesus também era uma ovelha negra, pois não foi compreendido. Rita foi um rebelde que cresceu em tempos conturbados".
Rita, devota de Santa Rita de Cássia, foi duramente criticada pela igreja católica quando, no final dos anos 1990, vestiu-se com um figurino de Nossa Senhora Aparecida durante a abertura se um show do Rolling Stones no Brasil. Como resposta, a cantora compôs a canção "Santa Rita de Sampa".
Rita tinha uma coleção de santos em casa. Seu novo livro, Uma Nova Autobiografia, na qual ela conta sua luta contra o câncer, será lançado dia 22 de maio, dia de Santa Rita de Cássia.
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