Roberto de Carvalho diz que momentos finais de Rita Lee foram de "leveza e calma"

Em entrevista concedida ao Fantástico, um dia após o velório da cantora, Roberto de Carvalho comentou sobre o grande amor que viveu ao lado da rainha do rock brasileiro

Yasmin Rajab

postado em 15/05/2023 10:37 / atualizado em 15/05/2023 15:22

(crédito: Reprodução/@ritalee_oficial)

Roberto de Carvalho concedeu uma entrevista emocionante ao Fantástico, da Rede Globo, um dia após o velório de Rita Lee. Parceiro da cantora por 47 anos, ele falou sobre o grande amor que viveu ao lado de Rita e da parceria que tiveram tanto na vida quanto na música. 

"Há 47 anos que a gente se encontrou pela primeira vez, que eu sou extremamente atento, e feliz também, por ter estado sempre por perto de uma pessoa tão iluminada, uma pessoa tão cheia de vida, de gratidão, de alegria e de luz," disse. 

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A união de quase cinco décadas entre Rita e Roberto gerou três filhos: Beto Lee, de 46 anos; João Lee, de 44; e o mais novo Antonio Lee, de 42. Na vida profissional, os dois compuseram dezenas de músicas juntos. 

"Um privilégio, um grande privilégio. E nos tornamos cara-metade. Eu não posso dizer para você que a Rita e o Roberto...Não, o Roberto é a Rita também, e a Rita é o Roberto também. Em vida ou em morte. Tanto em uma circunstância quanto em outra. Eu continuo sendo ela e ela continua sendo eu,” diz.

Luto

A "Rainha do Rock" brasileiro morreu na última segunda-feira (8/5), aos 75 anos. Ele enfrentava um câncer de pulmão desde 2021, quando foi diagnosticada com a doença.

Na entrevista, Roberto relembrou os últimos momentos da cantora: "Ela perdeu cabelo, a capacidade de andar, foi perdendo a capacidade de pensar," disse o músico. "Entretanto, os momentos finais dela foram de uma leveza, de uma calma, de uma doçura. Nós estávamos todos juntos com ela".

O compositor também relembrou o processo de criação da música Mania de Você, um dos grandes sucessos de Rita. "A gente estava na cama, numa paixão louca. Consumou essa paixão louca, eu peguei o violão e comecei a tocar," disse emocionado. "Ela, do meu lado, pegou o caderninho e foi completando a música."